Jornal de Angola

Colossos disputam jornada de decisões

1º de Agosto festeja a conquista do título no Dundo caso faça o mesmo resultado do Petro, na visita ao Interclube

- Honorato Silva

Pelo terceiro ano consecutiv­o, 1º de Agosto e Petro de Luanda entram para a recta final do Campeonato Nacional de Futebol, Girabola, numa disputa acesa na corrida à conquista do título, com vantagem dos militares do Rio Seco, que voltaram a marcar posição no confronto directo.

As atenções vão estar centradas, a partir das 15h00, nos estádios Sagrada Esperança e Rocha Pinto. Os rubros e negros, bi-campeões, visitam os diamantífe­ros, enquanto os tricolores medem forças com o Interclube, ainda focados na consagraçã­o, que já não acontece há oito edições da competição.

Alvo de azedos reparos dos exigentes adeptos e da crítica desportiva, nos dois primeiros terços da temporada, por força das exibições e resultados desencontr­ados com o peso do plantel, a equipa às ordens do sérvio Zoran Macki precisa apenas de fazer o mesmo resultado do arqui-rival petrolífer­o, para confirmar o tri-campeonato, o segundo da história do clube, depois do feito assinado em 1979, 80 e 81, no esplendor futebolíst­ico de Ndungidi Daniel.

Comandante da tabela classifica­tiva, com 53 pontos, o 1º de Agosto, regressado terça-feira da Tunísia, após o empate (1-1) frente ao Étoile du Sahel, em Sousse, na penúltima ronda do Grupo D da Liga dos Clubes Campeões Africanos, entra em campo com a confiança reforçada, por estar às portas da passagem para os quartos-de-final, na prova continenta­l.

O Sagrada Esperança (6º/33) já rejeitou desempenha­r o papel de animador da festa, por isso os jogadores e equipa técnica prometem tudo fazer, de modo a contrariar os intentos dos visitantes, determinaç­ão apreciada pelos petrolífer­os, a quem interessa o percalço do rival.

No segundo lugar, com 50 pontos, o Petro de Luanda, há três anos sob a batuta do hispano-brasileiro Roberto Bianchi, vai ao Rocha Pinto com o firme propósito de somar os três pontos e transferir a decisão do título para a última jornada, caso o 1º de Agosto seja travado pelos lundas.

Recuperar a liderança perdida após da derrota (0-2), no último clássico, continua a ser o foco da formação do Eixo-Viário, que lamenta o facto de ter perdido pontos nos empates (1-1) e (22), diante do Sporting de Cabinda e Recreativo do Libolo, respectiva­mente, com destaque para o golo confuso validado pelo árbitro Paulo Roberto Talaia, suspenso por 85 dias.

Distintos campeões

A consagraçã­o coloca os rubros e negros ao lado dos arqui-rivais tricolores, como os únicos que assinaram a proeza de somar três troféus consecutiv­os do Girabola, em duas ocasiões.

Além do penta (1986, 87, 88, 89 e 90), o Petro voltou a ser tri-campeão (1991, 92 e 93), feito imitado pelo ASA de Bernardino Pedroto, em 2002, 2003 e 2004, quando o Recreativo do Libolo falhou em duas ocasiões (2011/2012) e (2014/2015), por interposiç­ão do Kabuscorp do Palanca (2013) e dos agostinos (2016).

A equipa às ordens do sérvio Zoran Macki precisa apenas de fazer o mesmo resultado do arqui-rival, para confirmar o tri-campeonato

A penúltima ronda do campeonato, que perdeu a meio do percurso o JGM do Huambo, por dificuldad­es financeira­s, reserva ainda para hoje as partidas Recreativo da Caála-Académica do Lobito, Bravos do Maquis-Kabuscorp do Palanca, 1º de Maio de BenguelaSp­orting de Cabinda, Cuando Cubango FC-Recreativo do Libolo e Desportivo da Huíla-Domant FC. Descansa o Progresso Sambizanga. Na cauda, Caála (13º/25) e Domant (14º/22) disputam o último lugar para a permanênci­a na I Divisão. A formação do Huambo é dona do seu destino, na disputa com a equipa de Bula Atumba, que regista equilíbrio no confronto directo, a julgar pelos empates sem golos, nos dois jogos.

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