Nyusi convida observadores internacionais
O Presidente moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, disse ter convidado observadores internacionais para acompanharem o processo de desarmamento da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), no âmbito dos consensos nas negociações de paz.
Trata-se de um grupo de observadores internacionais, composto por países com experiência em processos de desmilitarização de grupos armados, explicou o Chefe de Estado moçambicano, que não avançou o nome dos países que vão compor a equipa.
Nyusi disse que o grupo de observadores tem a missão de garantir que o processo de implementação dos consensos decorra com maior transparência e credibilidade.
O Presidente moçambicano anunciou no passado dia 6 a assinatura de um memorando de entendimento entre o Governo e a Renamo sobre a desmilitarização e a integração das forças do principal partido da oposição. Na sequência disso, foi também anunciada a entrada em funcionamento da comissão de assuntos militares e de grupos de trabalho que vão dirigir a desmobilização, desarmamento e reintegração da Renamo, principal partido da oposição.
Entretanto, a activista social moçambicana Graça Machel considera um passo com um peso “extraordinário” o acordo entre o Governo e a Renamo, para o desarmamento do principal partido da oposição, assinalando que as lideranças políticas do país precisam do apoio de todos.
O acordo sobre a desmilitarização da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) “é um passo extraordinariamente importante, com um significado extraordinário”, declarou Graça Machel, citada ontem pelo jornal “Notícias”, o principal diário moçambicano. O entendimento entre Filipe Nyusi e o líder interino da Renamo, Ossufo Momade, corresponde aos anseios e ao compromisso do país de alcançar uma paz duradoura, acrescentou.