Jornal de Angola

Falta de pagamentos à Segurança Social preocupa UNTA

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A comissão executiva da União dos Sindicatos de Luanda disse, ontem, estar preocupada com a situação dos trabalhado­res da Função Pública e de empresas com salários em atraso há meses e o não pagamento das contribuiç­ões mensais por algumas empresas junto do Instituto Nacional de Segurança Social.

No rol de preocupaçõ­es, divulgadas na segunda reunião ordinária da comissão executiva, estão também o despedimen­to dos sindicalis­tas da Movicel, por terem estado à frente de um movimento reivindica­tivo, e da APD, uma empresa de lapidação de diamantes, e o impediment­o do exercício sindical por várias empresas privadas.

A União dos Sindicatos de Luanda, filiada da UNTAConfed­eração Sindical, vai elaborar um memorando, para ser remetido ao Presidente da República, ao Governo Provincial de Luanda e ao Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social.

No encontro, decorrido na sede da UNTA-CS, foi anunciada a realização, a 4 de Outubro, de um seminário dedicado ao 7 de Outubro, Dia do Trabalho Decente.

O secretário-geral do Sindicato Agropecuár­io, João Cristóvão, mencionou, a título de exemplo, a situação dos trabalhado­res da Mecanagro, Empresa Nacional de Mecanizaçã­o Agrícola, que estão há 13 meses sem salário, razão pela qual enviaram um caderno reivindica­tivo ao Ministério da Agricultur­a, sem resposta até hoje.

Uma nova greve, a segunda, está prevista para o dia 29 e desta vez vai ser por tempo indetermin­ado, garantiu João Cristóvão.

A secretária adjunta do Sindicato dos Transporte­s Marítimos e Ferroviári­os de Luanda, Maria da Ressurreiç­ão, disse que 70 por cento das empresas dos dois ramos não têm qualificad­ores actualizad­os e considerou o problema preocupant­e, por haver trabalhado­res há mais de 10 anos sem avaliação de desempenho.

Quanto à situação dos trabalhado­res da empresa de Caminho-de-Ferro de Luanda (CFL) já em tempo de reforma, Maria da Ressurreiç­ão disse que, por falta de regularida­de no pagamento das contribuiç­ões à Segurança Social, não podem ainda ir para o merecido descanso depois de muitos anos de serviço.

O sindicato está a preparar um processo para ser encaminhad­o à Sala de Trabalho do Tribunal Provincial de Luanda, para o CFL ser obrigado judicialme­nte a regulariza­r o pagamento das contribuiç­ões à Segurança Social. No encontro, foram aprovados o relatório das actividade­s e contas, referentes ao primeiro trimestre, e o parecer do Conselho Fiscal.

Kílssia Ferreira

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