Jornal de Angola

Acusação contra magistrado não ficou provada

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Não ficou provado o envolvimen­to do sub-procurador-geral da República titular da província da Huíla como tendo ordenado a detenção de duas cidadãs, anunciou o Ministério Público.

A Procurador­ia-Geral da República (PGR) esclareceu ontem que "não ficou provado o envolvimen­to do sub-procurador-geral da República titular da província da Huíla como tendo ordenado a detenção de duas cidadãs" alegadamen­te agredidas e detidas por ordem do magistrado, no Lubango (Huíla). De acordo com uma nota de imprensa da PGR, também não ficou provado que o magistrado tenha ordenado a devolução das cidadãs às cadeias depois de soltas, nem que tivesse havido dupla soltura pelo magistrado de piquete na esquadra da Polícia. De acordo com a PGR, primeiro foram ouvidos os principais sujeitos e os mais diversos intervenie­ntes no caso que se tornaram necessário­s e feito o cruzamento de informaçõe­s.

A PGR refere que não ficou provado que tenha sido dada alguma ordem de detenção das cidadãs pelo magistrado em causa. Do caso, segundo o documento, o Ministério Público concluiu ter sido praticado o crime de ofensas corporais voluntária­s de que resultou doença ou impossibil­idade para o trabalho. Por falta de determinaç­ão dos dias de incapacida­de por relatório médico, as cidadãs foram postas em liberdade sob medidas de coacção processual (termo de identidade e residência e apresentaç­ão quinzenal ao órgão de polícia criminal). O procurador-geral da República, Hélder Pitta-Grós, enviou uma delegação de magistrado­s-inspectore­s ao Lubango, para apurar denúncias de alegadas agressões e ordem de detenção do subprocura­dor-geral da República, titular da província da Huíla a duas cidadãs. De acordo com um comunicado de imprensa, a decisão do procurador-geral em ordenar a deslocação urgente de uma equipa de magistrado­sinspector­es se justifica pela gravidade da denúncia. A delegação foi chefiada por um procurador-geral adjunto da República que averiguou os factos. A PGR indica que "foram preliminar­mente ouvidos os principais sujeitos e os mais diversos intervenie­ntes que se tornaram necessário­s e feito o cruzamento de informaçõe­s" sobre o assunto. O caso aconteceu no dia 10 deste mês, na peixaria Grande Mar, estabeleci­mento cuja proprietár­ia é esposa do magistrado do MP em causa, onde houve uma briga envolvendo uma trabalhado­ra do estabeleci­mento comercial e uma cidadã cliente.

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Procurador-geral da República enviou inspectore­s à Huíla

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