PRS defende políticas públicas mais eficazes
O PRS defende a adopção de políticas públicas eficazes para garantir a redução do alto nível de criminalidade e, consequentemente, da superlotação das cadeias.
Esta é uma das recomendações da segunda reunião ordinária do comité nacional do partido, encerrada na quinta-feira, em Luanda.
O órgão deliberativo do PRS nos intervalos dos congressos recomenda igualmente ao Executivo angolano a adopção de políticas públicas apropriadas com vista a reduzir o número de jovens sem ocupação, promovendo, deste modo, a sua inserção social.
Em declarações ao Jornal de Angola, o presidente do PRS, Benedito Daniel, disse que as mulheres são a franja mais marginalizada da sociedade angolana. Por isso, na sua óptica, devem ser criadas leis de protecção das mulheres domésticas e zungueiras.
Benedito Daniel acrescentou que a “zunga” deve ser considerada um trabalho, porque há muito que deixou de ser apenas uma forma de sobrevivência de muitas famílias. O político foi mais a fundo e sublinhou que, pelo tempo que esta actividade existe no país, não deve ser extinta.
Durante o encontro de análise da situação política, económica e social do país, Benedito Daniel frisou que a recessão financeira, apesar de estacionária, é negativa para os angolanos, por ser calamitosa. Tal situação, disse, deve suscitar ao Governo respostas mais enérgicas.
O líder do PRS recordou que os angolanos perderam muito com a crise, que culminou com um “exército” de desempregados. Lembrou ainda que o país é constituído por uma maioria de jovens e mulheres, mas apesar disso considera que não há políticas para a salvaguarda dos seus interesses.
“O Executivo deve fazer algum esforço, porque a diversificação da economia não dá respostas à crise económica e financeira. A diversificação é uma resposta a longo prazo, daí a necessidade de se gizarem políticas públicas que possam dar respostas rápidas à crise que vivemos”, defendeu Benedito Daniel.
O político confessou ter conhecimento do aumento dos índices económicos, mas sublinhou que “o que o cidadão quer saber é como tais índices se vão reflectir na vida social da população”.