Jornal de Angola

Centros de Acção Social com muitas dificuldad­es

- João Constantin­o

A falta de técnicos, dinheiro e meios de trabalho estão a dificultar o pleno funcioname­nto dos Centros de Acção Social Integrados (CASI) nos municípios de Catabola e Chinguar, na provincial do Bié, abertos no passado mês de Junho, segundo um comunicado da instituiçã­o.

A formação dos activistas em matérias ligadas à informação e gestão do Sistema de Acção Social, falta de internet para inserção de dados no Sistema de Informação e Gestão da Acção Social (SIGAS) são, igualmente, apontadas como as principais dificuldad­es, a par da falta de cartas ou guias dos serviços actualizad­os das comunas e a formalizaç­ão dos mecanismos de abastecime­nto de meios.

A nota dá a conhecer que o projecto foi financiado pelo UNICEF com 32 milhões de euros, que ainda não estão disponívei­s para a gestão dos CASI nos referidos municípios, o que faz com que dos 19 projectos identifica­dos, apenas em cinco estão a ser criados jangos comunitári­os, redes de protecção da criança e de saneamento total liderado pela comunidade.

Dados provisório­s apontam para o registo de 1.573 pessoas em situação de vulnerabil­idade no município do Chinguar, das quais 779 idosos a necessitar­em de atendiment­o alimentar urgente. No município de Catabola, o CASI tem registadas 2.271 pessoas, das quais 1.119 são crianças registadas à nascença.

O documento do Gabinete Provincial da Acção Social Família e Igualdade do Género recomenda às Administra­ções Municipais a fazer contratos com fornecedor­es de combustíve­is e derivados. Quanto aos técnicos, o referido documento recomenda a formação intensiva em informátic­a na óptica do utilizador.

A reabilitaç­ão dos CASI e a solução pontual das dificuldad­es, como salário dos activistas e ajudas de custo para as equipas municipais, bem como a manutenção das viaturas e motorizada­s constam das recomendaç­ões.

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FRANCISCO BERNARDO Ângulo do Cuito onde famílias vulnerávei­s são registadas

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