HOMEM MATA ESPOSA E PÕE FIM À SUA VIDA
O comerciante que em vida atendia pelo nome Firmino Tchangalala, 46 anos, matou a tiro, na noite de segunda-feira, dia 10, a sua esposa identificada por Rosa Nangolo “China”, 43, supostamente por questões passionais e de seguida suicidou-se, no bairro Santo António, arredores da cidade do Lubango, província da Huíla.
Floriano Mole, vizinho, disse ao Jornal de Angola que, depois de ouvir disparos de arma de fogo, provenientes do interior da casa destes, minutos depois, um dos filhos das vítimas, bateu à sua porta com fortes gritos, clamando por socorro. “Da forma estrondosa e repetida como batia à porta, pensei tratar-se de algum delinquente, pois é deste jeito que procedem quando pretendem assaltar alguma residência, mais tarde notei que era o filho do vizinho a clamar por socorro, ao atendê-lo, disse que os seus pais estavam mortos e quando lá cheguei encontrei o casal sem vida”, disse Florindo Mole. Gomes Luís, tio do malogrado, explicou que há um mês que o casal estava a viver num clima de desentendimento por causa de mensagens que o marido descobriu no telemóvel da esposa, enviadas por um suposto padre identificado apenas por Simião.
Sem entrar em grandes detalhes, Gomes Luís disse que a descoberta de algumas mensagens no Whatsaap, indiciava da parte da esposa, a existência de uma relação extra conjugal com um suposto padre da Igreja Católica, identificado por Simião, uma situação que afectou a relação entre o casal. Gomes Luís explicou que teve acesso ao teor da mensagem, e o telefone foi já entregue ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), para apurar a veracidade dos factos, disse, clamando por justiça, argumentando que perdeu um grande líder da família.
O sociólogo Gabriel Chipalanga disse que nenhum ser humano deve tirar a vida a outro, tendo realçado a desestruturação daquela família que deixa sete filhos que vão sentir a ausência dos pais, por uma acção que supostamente envolve um sacerdote. O porta-voz do Comando Provincial da Polícia Nacional na Huíla informou que a corporação registou o homicídio, com recurso a uma pistola do tipo “Star”, já apreendida, e que o móbil do crime ainda é desconhecido, mas garantiu que os órgãos afins do Ministério do Interior estão a trabalhar para aferir as causas.