Presidente quer solução dos problemas do cidadão
Governadores pretendem, depois do diagnóstico da realidade de cada província, devem solucionar problemas sociais
O Presidente da República pediu aos novos governadores do Huambo, Huíla, Cunene, Lunda-Sul, Bié e Zaire pragmatismo para resolver os muitos problemas que o país enfrenta e que afectam a vida do cidadão comum. João Lourenço, que tem incidido no cumprimento do slogan “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, disse contar com a “inteligência, trabalho e dedicação” dos seis governadores. Os empossados comprometeram-se a combater a corrupção e o nepotismo, além de se absterem de práticas e actos que lesem os interesses do Estado, sob pena de serem responsabilizados civil e criminalmente.
O Presidente João Lourenço pediu ontem pragmatismo dos novos governadores na abordagem dos vários problemas das províncias e disse esperar que os governadores ajudem o Executivo a resolver os muitos problemas que o país enfrenta e que afectam a vida do cidadão comum.
Num breve discurso, João Lourenço teceu algumas considerações sobre o que se espera dos governantes em geral e lembrou que não foge do que tem vindo a dizer em diferentes ocasiões no espaço público.
O Chefe de Estado disse esperar que “com a sua inteligência, trabalho e dedicação (os novos governadores) possam ajudar o Executivo a resolver os inúmeros problemas que o país tem e que afectam a vida do cidadão comum”. “É com esta convicção que acabamos de vos conferir posse, com a certeza de que, só juntos, seremos capazes de levar a bom porto este navio enorme que se chama Angola”, realçou, na cerimónia de tomada de posse dos novos governadores do Zaire, Bié, Lunda-Sul, Huambo, Huíla e Cunene.
Foco nos problemas sociais
Cada um dos governadores que tomou posse, no Palácio Presidencial da Cidade Alta, disse ter o foco na busca de soluções para ultrapassar os problemas sociais.
O novo governador do Cunene, Vigílio Tyova, disse estar preparado para os desafios que tem pela frente depois de ter sido delegado da Justiça durante cinco anos, e administrador municipal e director nacional do MATRE. “Volto ao ambiente da governação para os desafios da província, mas, em primeiro lugar, vou me inteirar sobre a situação e depois melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”, sublinhou Vigílio Tyova, para quem este lema deve ser seguido à risca.
Para o novo governador da Huíla, Luís Nunes, o fundamental vai ser resolver os problemas prementes da província, que adiantou serem inúmeros, com realce para os da educação, saúde, água e energia e estradas. “Não temos ainda uma radiografia da situação da província, mas sou filho da terra e tenho mais ou menos noção de como é que as coisas estão”, disse Luís Nunes, que está confiante de que com trabalho “vai ser possível levar a Huíla a bom porto”.
Luís Nunes disse ser importante que a população da Huíla perceba que a mudança de governador não significa que “as coisas mudem de um dia para o outro e que teremos de trabalhar todos em prol do crescimento da província”.
Relativamente à sua condição de governador e de empresário com negócios com o Estado, Luís Nunes sublinhou que tem vários gestores em cada uma das empresas e que uma coisa não tem a ver com a outra.
Continuidade das tarefas
Para Joana Lina, a nova governadora do Huambo, trabalhar naquela província representa um grande desafio para a nova etapa da sua carreira. “Vou usar todas as minhas energias e capacidades para servir a população do Huambo”, sublinhou, prometendo dar continuidade às tarefas paralisadas.
“Mas primeiro, é preciso saber onde é que as tarefas pararam e assim dar continuidade”, disse, agradecendo pela indicação para governar uma província que considera importante no contexto nacional.
O governador do Bié, Pereira Alfredo, disse que o primeiro passo vai ser identificar os problemas da província e depois avançar em busca de soluções para os sectores que considera vitais nos quais pretende dedicar, numa primeira fase, o seu esforço como saúde, saneamento básico e educação.
Pretende também prestar atenção ao sector económico e à criação de emprego para a juventude. Prometeu privilegiar o diálogo com todas as forças vivas da província. “Queremos governar para e com o povo”, concluiu.
O governador da LundaSul, Daniel Felix Neto, disse que vai centrar a sua atenção, para lá da questão da educação e saúde, na criação de mais postos de trabalho. “Vamos interagir com as empresas locais a ver se criamos mais postos de trabalho. Temos um número muito elevado de desemprego na nossa província”, realçou o novo governador, reconhecendo que tal representa uma tarefa árdua.
Para o governador mais jovem, de 39 anos, administrar a província não vai ser difícil por fazer parte de um novo modelo de governação.
Pedro Júlia, o governador do Zaire, refere que os problemas da província estão no quadro dos problemas conjunturais e que vai contar com as soluções apontadas no Plano Desenvolvimento Nacional. Como prioridade, quer resolver os problemas da saúde, educação, desemprego e saneamento básico.