País precisa de unidades sanitárias mais funcionais
Altino Matias disse que o sector tem acompanhado os profissionais da saúde no atendimento da população
O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Altino Matias, advogou, em Luanda, a necessidade de o país ter unidades sanitárias funcionais, com profissionais de qualidade para que a assistência seja das melhores, evitando que os doentes sejam transferidos para o exterior.
Altino Matias disse que o sector tem acompanhado o desempenho dos profissionais da saúde no atendimento da população, tendo defendido a necessidade de mais trabalhadores para que as novas unidades sanitárias tenham sempre um técnico para atender em cada área de serviço.
O dirigente disse que o novo modelo de concurso público para admissão de técnicos para o sector da Saúde é dife- rente e exigente, que dá primazia a quem estiver melhor preparado, realçando a existência de vagas em todo o país.
Altino Matias disse ser importante que os médicos saiam dos grandes centros urbanos para trabalharem na periferia,visto serem as áreas do interior do país que mais carecem da presença destes profissionais de saúde.
O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar explicou que, depois das inscrições feitas online, os candidatos fizeram a entrega dos documentos de forma física e os supervisores nacionais estão nesta altura a percorrer todas as províncias para constatar “in loco” o processo.
O governante recordou que, para o sector da Saúde, existem sete mil vagas, sendo 1.500 médicos, 100 enfermeiros licenciados, cem técnicos de diagnósticos terapêuticos e outras para a promoção e actualização de carreiras.
Superlotação
A directora clínica do Hospital Américo Boavida, Virgínia da Paixão Franco, disse que uma das grandes preocupações daquela unidade sanitária de referência é a lotação das 810 camas disponíveis.
A médica explicou que o hospital tem 1.200 médicos e cerca de dois mil enfermeiros. A média de atendimento diário nos períodos mais críticos é de 400 utentes.
“O hospital está permanentemente cheio por estar ligado entre duas periferias, trata-se do Rangel e Cazenga, representando uma fluência muito grande de doentes que precisam de atendimentos primários e terciários”, disse a médica Virgínia da Paixão Franco.