Autoridades estão abertas ao diálogo
O economista Nicolau Ferreira Vitoriano considera “positivas e corajosas” as reformas introduzidas no primeiro ano do Governo liderado pelo Presidente João Lourenço, por permitirem a abertura para o diálogo e oportunidades com potencial para a absorção de novos investimentos.
O também presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-África do Sul (CACIAAS), assinalou, no entanto, que os resultados desse “gigantesco esforço” poderiam ser melhores, se, nas últimas décadas, as acções empreendidas obedecessem a “uma estratégia global de reforma multi-disciplinar e multi-sectorial.”
Especialista em Finanças e Contabilidade e com uma pós-graduação em Alta Direcção, Nicolau Ferreira Victoriano diz que o país necessita de uma nova política fiscal e aduaneira, “mais abrangente”, alinhada aos grandes objectivos de ruptura com um passado e capaz de servir de incentivo real à diversificação da economia e à produção de bens.
“Precisamos de uma política fiscal e aduaneira que facilite e estimule a aquisição de matérias-primas, peças e sobressalentes indispensáveis ao processo de electrificação e industrialização do país”, acrescentou, advogando uma “profunda reforma estrutural” na banca e maximização do apoio que o Banco Mundial disponibiliza às autoridades angolanas nesta matéria.