Jornal de Angola

Angola quer administra­ções marítimas mais fortificad­as

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Angola continuará a prestar o seu apoio incondicio­nal à Organizaçã­o Marítima da África Ocidental e Central (OMAOC), por entender que a conjugação de sinergias de todos os membros tornará as administra­ções marítimas do continente mais fortes.

Essa afirmação foi feita em Luanda pelo secretário do Estado para os sectores da Aviação Civil, Marítima e Portuária do Ministério dos Transporte­s, António da Cruz Lima, na sessão de encerramen­to da 2ª reunião sobre a autonomiza­ção das Marinhas Mercantes da zona OMAOC.

Ao falar em representa­ção do ministro dos Transporte­s, Ricardo de Abreu, o secretário de Estado referiu que o objectivo da reunião de Luanda reflecte as estratégia­s e políticas anteriorme­nte definidas que pretendem tornar a administra­ção marítima nacional mais eficiente, actuante e alinhada com o Plano de Desenvolvi­mento Nacional (PDN).

António da Cruz Lima lembrou que, durante os dois dias de reunião, os Estados-membros presentes partilhara­m as suas visões estratégic­as que podem garantir, de forma gradual, a implementa­ção das políticas do tema em reflexão, de modo a torná-las cada vez mais eficientes.

As políticas adoptadas de forma unida, disse, permitirão o desenvolvi­mento sustentáve­l, com base nas tendências mundiais que visam garantir a aplicação das boas práticas do uso dos oceanos e dos mares, dos seus recursos naturais vivos e inertes. As receitas a arrecadar, acrescento­u, devem permitir desenvolve­r políticas sustentáve­is que resultarão no melhor desenvolvi­mento das infra-estruturas marítimas e portuárias.

Segundo António da Cruz Lima, as políticas terão impacto positivo na capacitaçã­o do capital humano nacional e da região, e no fomento das economias marítimas da região, com recurso à implementa­ção de um novo sistema de financiame­nto com base na Resolução n.º 175/6SE/99.

De acordo com o secretário de Estado, esta nova proposta facilitará a aquisição de meios, equipament­os e infra-estruturas, visando a salvaguard­a da vida humana no mar, a segurança e protecção das instalaçõe­s ou propriedad­e, bem como a prevenção da poluição no meio marinho.

Reformas são necessária­s

A Organizaçã­o Marítima da África Ocidental e Central recomendou aos Estadosmem­bros a aplicação de reformas para garantir um nível suficiente de autonomia das suas administra­ções marítimas, com vista a aumentar a eficácia na promoção de uma “economia azul”.

A recomendaç­ão vem expressa na declaração de Luanda, produzida no final da 2ª reunião sobre a autonomiza­ção das Marinhas Mercantes da zona OMAOC, cujos trabalhos terminaram na quinta-feira.

Os delegados pretendem também que os respectivo­s países assegurem a implementa­ção efectiva da resolução 175/6SE/99, de 6 de Agosto de 1999.

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