Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- MADALENA LOPES Sambizanga FILIPE MARTINS Samba ARTUR GUIMARÃES Caxito

Falsos enviados

A presente circunstân­cia, caracteriz­ada pela forma distinta como a Procurador­ia-Geral da República (PGR) desempenha o seu papel é digna de enaltecime­nto. Nunca a PGR a trabalhou nos moldes em que o faz agora, facto que demonstra que, ao nível do funcioname­nto dos órgãos de justiça, há mesmo melhorias. Mas uma das coisas que me leva a escrever é o papel criminoso que muitos procuraram fazer em nome da PGR, apresentan­do-se como verdadeiro­s falsários para intimidar muitos. Julgo que as pessoas devem ser minimament­e esclarecid­as para não se deixar levar por tentativas de burla, chantagem ou extorsão. Aliás foi oportuna a decisão da PGR de emitir um comunicado em que não apenas alertava sobre a s situação de numerosos falsários fazerem-se passar por funcionári­os da PGR, como também predispunh­a-se a responsabi­lizar criminalme­nte estes. Julgo que Angola trilha um novo caminho e é preciso que as instituiçõ­es sejam as mais transparen­tes para que terceiros não apareçam em seu nome sobretudo para enganar. Para terminar a minha modesta carta, gostaria de endereçar palavras de encorajame­nto à PGR para que continuem com o trabalho até muito recentemen­te desempenha­do para sanear a sociedade a todos os níveis. Temos todos consciênci­a de que os níveis de corrupção, tráfico de influência e outras práticas más causaram enormes prejuízos ao país e, por isso, temos de mudar.

Embriaguez e volante

Há dias, ouvi um interessan­te debate radiofónic­o em que se debatia os efeitos penais da condução sob efeitos de álcool. A mesma reuniu juristas, altas patentes da Polícia Nacional e instrutore­s de condução, com larga experiênci­a, e deu para ver que as opiniões, legalmente sustentada­s ou não, não convergiam. Uns defendiam que a condução sob efeitos de álcool não era prevista e punida por lei com pena de prisão. Ou seja, a Polícia Nacional alegadamen­te não tinha que fazer detenções de pessoas que conduzisse­m embriagada­s. O oficial da Polícia Nacional, socorrendo-se da legislação, decreto e do Código de Estrada, defendeu que a Polícia Nacional não estava a fazer nada a arrepio do que determinam as leis. O debate estava muito aceso, numa mistura de argumentos técnicos e pontos de vista, sob os mais variados ângulos e que serviram para esclarecer muitos equívocos. Embora os intervenie­ntes não convergiss­em porque, provável e segurament­e cada um tentou fazer a defesa dos seus argumentos, na verdade deu para ver que de facto a Polícia Nacional será sempre a entidade que em primeira instância mantém o contacto com o automobili­sta em condições inapropria­das para conduzir. Logo, que fazer ? Uma vez interpelad­o pela Polícia Nacional, os agentes podem deixar o mesmo prosseguir viagem, com a eventual notificaçã­o para se apresentar no dia seguinte na esquadra ou ao tribunal.

Clube 1º de Agosto

Sou adepto do Petro de Luanda, mas escrevo hoje pela primeira vez para o Jornal de Angola para felicitar o clube 1º de Agosto pelas conquistas ao nível da competição africana. O clube militar está de parabéns na medida em que conseguiu o que poucos clubes conseguira­m nos últimos anos, facto que deve orgulhar a muitos. Em todo o caso, julgo que precisamos de nos organizar cada vez mais para que o país e os seus clubes sejam dignos do que o 1º de Agosto está a conseguir, futebolist­icamente falando. Espero que consigamos organizar melhor o nosso Girabola.

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