CARTAS DOS LEITORES
Falsos enviados
A presente circunstância, caracterizada pela forma distinta como a Procuradoria-Geral da República (PGR) desempenha o seu papel é digna de enaltecimento. Nunca a PGR a trabalhou nos moldes em que o faz agora, facto que demonstra que, ao nível do funcionamento dos órgãos de justiça, há mesmo melhorias. Mas uma das coisas que me leva a escrever é o papel criminoso que muitos procuraram fazer em nome da PGR, apresentando-se como verdadeiros falsários para intimidar muitos. Julgo que as pessoas devem ser minimamente esclarecidas para não se deixar levar por tentativas de burla, chantagem ou extorsão. Aliás foi oportuna a decisão da PGR de emitir um comunicado em que não apenas alertava sobre a s situação de numerosos falsários fazerem-se passar por funcionários da PGR, como também predispunha-se a responsabilizar criminalmente estes. Julgo que Angola trilha um novo caminho e é preciso que as instituições sejam as mais transparentes para que terceiros não apareçam em seu nome sobretudo para enganar. Para terminar a minha modesta carta, gostaria de endereçar palavras de encorajamento à PGR para que continuem com o trabalho até muito recentemente desempenhado para sanear a sociedade a todos os níveis. Temos todos consciência de que os níveis de corrupção, tráfico de influência e outras práticas más causaram enormes prejuízos ao país e, por isso, temos de mudar.
Embriaguez e volante
Há dias, ouvi um interessante debate radiofónico em que se debatia os efeitos penais da condução sob efeitos de álcool. A mesma reuniu juristas, altas patentes da Polícia Nacional e instrutores de condução, com larga experiência, e deu para ver que as opiniões, legalmente sustentadas ou não, não convergiam. Uns defendiam que a condução sob efeitos de álcool não era prevista e punida por lei com pena de prisão. Ou seja, a Polícia Nacional alegadamente não tinha que fazer detenções de pessoas que conduzissem embriagadas. O oficial da Polícia Nacional, socorrendo-se da legislação, decreto e do Código de Estrada, defendeu que a Polícia Nacional não estava a fazer nada a arrepio do que determinam as leis. O debate estava muito aceso, numa mistura de argumentos técnicos e pontos de vista, sob os mais variados ângulos e que serviram para esclarecer muitos equívocos. Embora os intervenientes não convergissem porque, provável e seguramente cada um tentou fazer a defesa dos seus argumentos, na verdade deu para ver que de facto a Polícia Nacional será sempre a entidade que em primeira instância mantém o contacto com o automobilista em condições inapropriadas para conduzir. Logo, que fazer ? Uma vez interpelado pela Polícia Nacional, os agentes podem deixar o mesmo prosseguir viagem, com a eventual notificação para se apresentar no dia seguinte na esquadra ou ao tribunal.
Clube 1º de Agosto
Sou adepto do Petro de Luanda, mas escrevo hoje pela primeira vez para o Jornal de Angola para felicitar o clube 1º de Agosto pelas conquistas ao nível da competição africana. O clube militar está de parabéns na medida em que conseguiu o que poucos clubes conseguiram nos últimos anos, facto que deve orgulhar a muitos. Em todo o caso, julgo que precisamos de nos organizar cada vez mais para que o país e os seus clubes sejam dignos do que o 1º de Agosto está a conseguir, futebolisticamente falando. Espero que consigamos organizar melhor o nosso Girabola.