Refinaria de Luanda parada por dois meses
A Refinaria de Luanda paralisou a produção para uma manutenção programada que decorre por um período de 60 dias, a contar da última segunda-feira, anunciou a Sonangol em nota de imprensa enviada ontem ao Jornal de Angola.
O documento refere que esse tipo de paragem é “uma acção cíclica normal no funcionamento das refinarias e tem como objectivo a realização de intervenções profundas para reabilitação, substituição e modernização das instalações, preparando-as para um novo ciclo de actividade”.
A companhia assegurou que a interrupção temporária das operações na Refinaria de Luanda não terá impacto na distribuição de derivados de petróleo à população, uma vez que foram acautelados os stocks necessários de gasolina, gasóleo e outros.
A Refinaria de Luanda - a única implantada em Angola - produz 20 por cento do consumo de combustíveis e outros derivados de petróleo do país.
Construída em 1955, a Refinaria de Luanda beneficia de obras que terminam dentro 43 meses com a perspectiva de elevar quatro vezes a capacidade de produção, que passará de 380 para 1.200 toneladas por dia, de acordo com declarações recentes do administrador delegado daquela unidade.
Custódio Gonçalves apontou como resultado dessa intervenção o aumento da produção de gasolina em volumes que vão cobrir metade da procura do produto, reduzindo o défice do mercado em 20 por cento.
Esse aumento está ligado à cooperação entre a Sonangol e a italiana ENI para a construção de outra unidade de refinação de gasolina, um assunto a ser tratado num acordo de parceria entre as duas empresas.
Para este ano, as prioridades da Refinaria de Luanda passam por resolver o problema da conduta da água, bem como pela criação de condições para a substituição de uma jangada do terminal petrolífero.