Metade do combustível é armazenado no mar
Metade dos 700 mil metros cúbicos de derivados de petróleo disponíveis em Angola está armazenada em reservatórios flutuantes, em vez dos stocks em terra, um mecanismo mais eficaz para minimização de custos, disse ontem uma fonte do sector.
O director-geral do Instituto Regulador de Derivados de Petróleos (IRDP), Manuel Ferreira, disse citado ontem pela agência de notícias Lusa que a entrada de novos operadores no sector de logística destes produtos, entre eles a Sonangalp e a Pumangol, poderá ser uma das medidas para que os ‘stocks’ em terra possam aumentar, por ser mais barato.
O responsável, que falava à imprensa no final de uma visita de trabalho às instalações da base logística da Pumangol, nos arredores de Luanda, referiu que, para reverter actual situação, o IRDP está a trabalhar com os operadores a Sonangol e a Pumangol para transformar o stock flutuante em armazenagem em terra, visando a minimização de custos.
Segundo o director, os operadores estão “plenamente de acordo” com a medida para a concretização do objectivo.
Quanto à entrada de novos operadores no segmento de logística, Manuel Ferreira disse que o sector está a trabalhar na proposta de revisão do actual quadro jurídico, que dá exclusividade a Sonangol Logística para desenvolver esta actividade, para que outros actores, como a Pumangol e a luso-angolana Sonangalp, também exerçam a mesma função.
Decorrem negociações com a Sonangol e a Pumangol para transformar o stock flutuante em armazenagem em terra, para minimizar os custos, esperando-se um acordo
Acrescentou que a Pumangol tem uma capacidade média de armazenar 265 mil metros cúbicos de gasóleo, mais de mil de gasolina e 40 mil de Jetfuel.
A companhia possui 78 postos de abastecimento em Angola, o que representa 8,00 do total, sendo responsável de cerca de 21 por cento da fatia do mercado retalhista de derivados de petróleo, empregando 400 trabalhadores a nível nacional e criando cinco mil postos de trabalho indirecto.