Cambinda condenado a 24 anos de prisão
Vando Pedro Cambinda, 33 anos, acusado de assassinar a ex-esposa, a médica Dílvia Frederico Matias, na noite do dia 23 de Maio passado, na Centralidade do Mussungue, na Lunda-Norte, foi condenado, ontem, a 24 anos de prisão. A sentença, do Tribunal Provincial da Lunda-Norte, foi lida pelo juiz Jacinto Fortunato Feijó, que confirmou a morte da médica por fogo posto e violência doméstica.
O réu foi ainda condenado a pagar uma multa, durante três meses, de 250 kwanzas diários, pelos danos, de 100 mil, de taxa de justiça, e cinco milhões de indemnização à família da vítima. Vando Cambinda não tinha antecedentes criminais, mas o facto de não ter mostrado arrependimento pelo sucedido e, mais do que isto, existirem claras evidências dos factos, contribuíram substancialmente para o agravamento da pena, disse o juiz Jacinto Feijó. Destacou também o facto de o réu ter engendrado um plano para culpabilizar a malograda pela própria morte.
Outros agravantes são a premeditação, o excesso de poder, o cometimento do crime de noite e a manifesta superioridade, na qual se realça o recurso à arma de fogo.
O advogado de acusação, Pedro Calala, mostrou-se satisfeito com o resultado da sentença e ressaltou que foi feita justiça.
Por seu turno, o advogado de defesa, João Abraão, disse não concordar com a sentença, visto que o seu cliente não cometeu o crime de que foi acusado. Apontou insuficiências de provas, razão pela qual informou que vai recorrer da sentença. “Em Direito Penal não se faz fé declarantes, deve existir provas materiais”, disse.