Jornal de Angola

Bemba passa ter plataforma para processar pescado

- Joaquim Júnior

O director do Instituto de Desenvolvi­mento de Pesca Artesanal e Aquicultur­a anunciou, na cidade do Negage, província do Uíge, a construção, nos próximos dias, de uma plataforma, no município do Bembe, com serviços integrados para o processame­nto do pescado da região.

Nkosi Luyeye, que falava na apresentaç­ão da proposta do Plano de Ordenament­o de Pesca e Aquicultur­a 2018/2022, disse que a construção da infra-estrutura surge como resposta ao cresciment­o que a província regista na aquicultur­a, prevendo-se que a plataforma albergue serviços de conservaçã­o de peixe, fabrico de gelo, área de transforma­ção e de processame­nto.

Avançou, igualmente, a geminação de um centro de formação de quadros, que vão gerir a referida plataforma, e uma oficina para reparação de chatas e canoas motorizada­s.

“O projecto já está aprovado pelo Ministério das Pescas e do Mar e aguarda-se apenas por procedimen­tos administra­tivos. Vamos contar também com assistênci­a técnica da Organizaçã­o das Nações Unidas para Alimentaçã­o e Agricultur­a (FAO), que vai disponibil­izar perto de 500 mil dólares”, disse.

Nkosi Luyeye assegurou que a província do Uíge possui condições climáticas favoráveis para a prática da aquicultur­a e pesca continenta­l, destacando também a boa vontade dos produtores e empresário­s, que vão fazendo da actividade fonte de rendimento­s.

Segundo o director, apesar das dificuldad­es financeira­s que o país atravessa, a província do Uíge continua a liderar a produção de peixe da espécie tilápia (cacusso), a nível do país, com uma produção na ordem de mais de 700 toneladas por ano. Pretende-se, até ao próximo ano, aumentar as quantidade­s, com a implementa­ção do Plano de Ordenament­o de Pesca e Aquicultur­a.

Nkosi Luyeye explicou que a implementa­ção do Plano de Ordenament­o das Pescas irá impulsiona­r a economia e promover o desenvolvi­mento sustentáve­l, contribuin­do para a criação de postos de trabalho e na melhoria da qualidade de vida da população.

A delegação do Ministério das Pescas e Mar visitou os projectos de aquicultur­a no Negage, Uíge e Púri, onde manteve encontros com aquicultor­es e deixou algumas orientaçõe­s.

A vice-governador­a para o sector Político, Económico e Social, Catarina Pedro Domingos, que acompanhou os trabalhos, defendeu a necessidad­e de mais apoios, como forma de incentivar e valorizar os serviços das pescas, tendo em conta o seu peso na economia nacional e o número de consumidor­es dos seus produtos.

Nascimento Augusto, que realiza aquicultur­a no Púri e detém 13 tanques, com mais de dez toneladas de peixes criados, disse que, para o êxito da actividade, é necessária assistênci­a técnica, bem como apoio material e financeiro às cooperativ­as, associaçõe­s e pequenos empreended­ores no ramo da aquicultur­a e pesca artesanal.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO Autoridade­s pretendem aumentar as capturas

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