Activistas conquistam Nobel da Paz
O congolês Denis Mukwege e a iraquiana Nadia Murad foram laureados ontem, com o Nobel da Paz de 2018 “pelos seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como uma arma de guerra e conflito armado”. O ginecologista congolês tratou com a sua equipa cerca de 30 mil vítimas de violência sexual na RDC e a activista é sobrevivente da escravidão sexual imposta pelo Estado Islâmico no Iraque.
O prémio é de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 1 milhão de dólares) e será entregue numa cerimónia em Oslo em 10 de Dezembro. O Prémio Nobel foi criado pelo industrial sueco Alfred Nobel, o inventor da dinamite. A primeira premiacão foi em 1901. Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel legados por Alfred Nobel.
O Médico Denis Mukwege e a activista de direitos humanos Nadia Murad ganharam o Prémio Nobel da Paz 2018 pelos seus esforços para acabar com o uso da violência sexual como arma de guerra e conflito armado. O anúncio dos vencedores foi feito ontem, em Oslo, Noruega
O genecologista
congolês democrático tratou com a sua equipa cerca de 30 mil vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo. A activista Nadia Murad é sobrevivente da escravidão sexual imposta pelo Estado Islâmico no Iraque.
Denis Mukwege, de 63 anos, dedicou grande parte de sua vida a ajudar as vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo e a defender os seus direitos. Ele e a sua equipa desenvolveram vasta experiência no tratamento de lesões sexuais graves. Conhecido como "doutor milagre", ele é um acérrimo crítico do abuso de mulheres durante guerras e descreveu o estupro como uma "arma de destruição em massa".
Nadia Murad, de 25 anos, se tornou activista dos direitos humanos após sobreviver a escravidão sexual imposta, durante três meses, por integrantes do Estado Islâmico no Iraque. Após escapar dos terroristas, em 2014, ela liderou uma campanha para impedir o tráfico de seres humanos e libertar o grupo yazidis que é composto por cerca de 400 mil pessoas.
Estima-se que três mil jovens e senhoras yazidis foram vítimas de estupro e outros abusos por parte dos extremistas no Iraque. A violência sexual foi sistemática e fazia parte de uma estratégia militar empregada pelos terroristas contra minorias religiosas.
Mulheres usadas como armas de guerra
A presidente do comité norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, afirmou que a edição deste ano do Nobel pretende enviar a mensagem de que “as mu. lheres, que constituem a metade da população, são usadas como armas de guerra e precisam de protecção; e que os responsáveis devem ser responsabilizados e processados por suas acções”. Neste ano, o comité recebeu a nomeação de 216 indivíduos e 115 organizações. Mas, apenas algumas dezenas deles são conhecidos. Tradicionalmente a lista dos indicados é mantida em segredo há 50 anos.
O prémio é de 9 milhões de coroas suecas (cerca de 1 milhão de dólares) e será entregue numa cerimónia em Oslo em 10 de Dezembro. O Prémio Nobel foi criado pelo industrial sueco Alfred Nobel, o inventor da dinamite. A primeira premiacão foi em 1901.
Nobel da Paz é um dos cinco Prémios Nobel legados por Alfred Nobel. Os prémios de Física, Química, Fisiologia ou Medicina e Literatura são entregues anualmente em Estocolmo, sendo o Nobel da Paz atribuído em Oslo, na Noruega. A cerimónia do ano passado atribuiu o prémio à campanha internacional para a Abolição de Armas Nucleares.