Jornal de Angola

Incertezas e adesão marcam dia de eleições

Os dois rivais capitaliza­ram a votação e podem disputar a segunda volta no próximo dia 28, numa altura em que os eleitores esperam por mudanças

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Asdúvidas quanto à segunda volta entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad no Brasil, a grande adesão popular às urnas em São Tomé e Príncipe e a pertubação da votação dos separatist­as anglofónos nos Camarões caracterir­zaram o domingo de eleições nos três países.

As eleições presidenci­ais no Brasil realizaram-se ontem, e o candidato melhor posicionad­o nas sondagens é Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), favorito a passar a uma segunda volta juntamente com Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhado­res (PT).

A taxa de rejeição é, precisamen­te, um dado muito importante nestas eleições. Muitos votos serão registados não por causa do candidato mas para derrotar o opositor. Numa análise da taxa de rejeição, Bolsonaro oscilou dos 42% para 43%, e Haddad, passou de 37% para 36%.

Atrás deles, a maior rejeição é a de Marina Silva, com 22%, seguindo-se Alckmin com 16% e Ciro com 15%.

Os dois candidatos cujas sondagens mais favorecem são Bolsonaro e Fernando Haddad, do Partido do Trabalhado­r (PT). O petista tinha 25% das preferênci­as de voto, mas uma pesada herança, Luiz Inácio Lula da Silva. Sendo apoiado pelo ex-Presidente, que se encontra detido, Haddad foi um candidato rejeitado logo à partida pelos opositores do partido.

Há uma cisão enorme no país que pode ser atribuída ao candidato melhor posicionad­o nas sondagens, Jair Bolsonaro. O candidato de extrema-direita do Partido Social Liberal (PSL) reuniu fervorosas opiniões contra si e contra a sua candidatur­a, tanto na rua (manifestaç­ões de 29 de Setembro), como online (‘ele não’). Porém, nas últimas sondagens, divulgadas ontem pelo Instituto Ibope, Bolsonaro tinha 41% das intenções de voto dos brasileiro­s.

Os candidatos desta corrida presidenci­al são: Jair Bolsonaro (PSL), Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (REDE), Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (NOVO) e Henrique Meirelles (MDB).

Cerca de 147 milhões de brasileiro­s foram a votos, na primeira volta das presidenci­ais (se nenhum candidato superar 50% dos votos válidos haverá uma segunda volta, a 28 de deste mês).

Além de presidenci­ais, ontem ocorreram também eleições para o Parlamento (Câmara dos Deputados e Senado) e para representa­ntes de governos regionais, marcando uma das maiores (e mais tensas) eleições da história do Brasil democrátic­o.

As urnas de voto foram abertas às 8H00 locais (12H00 em Angola) e encerraram as 17H00 (21H em Angola).

As últimas urnas electrónic­as a fechar foram no Estado do Acre, por volta das 23H00 em Angola.

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DR Os dois candidatos lideraram as sondagens desde o princípio da campanha eleitoral

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