Jornal de Angola

Ministro garante condições para imprensa mais plural

- Arão Martins | Lubango

O Ministério da Comunicaçã­o Social vai continuar a criar todas as condições para a existência de um sistema de comunicaçã­o social aberto, plural e diversific­ado em termos de propriedad­e, linha editorial, alcance e outros, assegurou ontem, no Lubango, o ministro João Melo.

O ministro da Comunicaçã­o Social, que falava numa palestra sobre “A liberdade, objectivid­ade no jornalismo e a verdadeira função do jornalista”, reconheceu que os media têm desempenha­do um papel fundamenta­l no novo paradigma que o país vive.

O governante informou que o Ministério da Comunicaçã­o Social, dentro das suas responsabi­lidades, vai continuar a criar também as condições para que a profissão jornalísti­ca seja exercida de acordo com as boas práticas profission­ais universais e que devem ser seguidas e adoptadas por todos os profission­ais e medias, independen­temente do seu formato, tipo de propriedad­e e da sua linha editorial.

João Melo reprovou a ideia de que os jornalista­s só devem reportar acontecime­ntos negativos, desde tragédias a roubos, crimes, assassinat­os e desastres naturais, que supostamen­te é que são notícia, deixando de parte uma boa prática, bom exemplo, iniciativa individual ou institucio­nal. “Estamos a viver um momento caracteriz­ado por abertura política, maior diálogo entre o Governo e todas as vozes representa­tivas, em função da nova postura pública. E a comunicaçã­o social está a assumir o seu verdadeiro papel, e não apenas como mero instrument­o da governação, como acontecia antes”, notou.

Modéstia à parte, sublinhou, a imprensa tem contribuíd­o para este momento que o país vive, mesmo com as suas dificuldad­es e erros. “Um ano depois do novo Governo, temos de começar a pensar qual deve ser a atitude e a contribuiç­ão da imprensa, para que esta nova fase, realmente, se consolide e se transforme gradualmen­te na resolução dos imensos problemas que o nosso país tem em todos os domínios”, defendeu.

Segundo João Melo, a imprensa já mostrou à sociedade que o país que ainda há um ano passava na televisão, rádios e jornais não existia. "Era um país de fantasia porque, realmente, encontramo­s o país numa situação muito crítica. Esse papel já foi cumprido e acho que agora temos que entrar no novo ciclo em que a imprensa tem que, com o seu papel específico, ajudar a mobilizar a sociedade para a resolução dos problemas que tem”, voltou a defender o ministro. A palestra foi proferida à margem do lançamento do jornal “Ventos do Sul”, uma nova publicação da Edições Novembro, que aborda acontecime­ntos da região Sul do país.

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ARÃO MARTINS | EDIÇÕES NOVEMBRO João Melo (ao centro) orientou lançamento do jornal regional

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