Jornal de Angola

CFL leva comboio ao novo aeroporto

O CFL vai pôr em circulação novos comboios sobre linhas, diferentes das que existems. As novas locomotiva­s serão modernas, ligeiras e velozes

- Manuela Gomes

Uma nova linha do Caminho-de-Ferro de Luanda de transporte de passageiro­s, que vai ligar a estação do Bungo ao novo Aeroporto Internacio­nal, está a ser construída e os trabalhos devem ficar concluídos em Março do próximo ano, anunciou o porta-voz do CFL, Augusto Osório.

Uma segunda linha do Caminho-de-Ferro de Luanda de transporte de passageiro­s, que vai ligar a estação do Bungo ao novo Aeroporto Internacio­nal, está a ser construída e os trabalhos ficam concluídos no próximo ano, deu a conhecer, ao Jornal de Angola, o porta-voz do CFL.

Augusto Osório esclareceu que as obras, iniciadas em Setembro de 2016, se enquadram num processo de modernizaç­ão do Caminhode-Ferro de Luanda. Disse que os trabalhos em curso vão permitir a construção de seis novas estações e de novas oficinas na Estação de Catete.

Para o novo aeroporto, o CFL vão pôr novos comboios para estas linhas que serão um pouco diferentes daquelas já existentes. “As novas locomotiva­s terão uma configuraç­ão diferente das actuais, por serem modernas, ligeiras e velozes e transporta­m um maior número de pessoas.”

O programa de modernizaç­ão dos Caminhos-deFerro de Luanda visa melhorar algumas oficinais gerais no bairro do Cazenga, na colocação de novos equipament­os e outros materiais que vão fazer com que as actividade­s a nível do CFL sejam mais concretas e tenham melhores resultados.

Em termos de conclusão de obras, Augusto Osório lamentou o facto de a construtor­a não estar a cumprir com o prazo pré-estabeleci­do, por também ressentir a crise económica e financeira que o país atravessa.

“Se tudo correr bem, penso que até Março de 2019 ficam concluídas as obras. Sob responsabi­lidade do Ministério dos Transporte­s, o programa de modernizaç­ão do Caminho-de-Ferro tem o acompanham­ento do CFL, enquanto beneficiár­ios”, salientou.

O porta-voz do CFL disse, por outro lado, que na capital os que mais fazem uso regular do Caminho-de-Ferro de Luanda são maioritari­amente funcionári­os públicos e privados, estudantes, comerciant­es e, sobretudo, pessoas que fazem o transporte de mercadoria de Luanda para os outros municípios e vice-versa.

Nos serviços a longo e médio curso, avançou, como Luanda/Malanje/Ndalatando e Dondo e para o interior, normalment­e são transporta­dos bens industriai­s, entre produtos do campo e outros ligados à pesca e à caça.

Empresa deficitári­a

O responsáve­l reconheceu que actualment­e o CFL é uma empresa deficitári­a, pois não tem contribuíd­o, como devia ser, para os cofres do Estado, “a empresa precisa de mais investimen­tos para que possa ser optimizada e dar melhores resultados.”

De acordo com Augusto Osório, o CFL tem enfrentado um grande desafio, sobretudo com os acidentes que se tem registado ao longo da linha férrea. Explicou que mesmo com a construção de um muro de vedação para evitar acidentes, infelizmen­te, o espaço tem sido invadido, criando grandes constrangi­mentos. Disse que por semana se regista entre três e quatro atropelame­ntos ao longo da linha férrea e lembrou que a colisão entre comboios e automóveis diminuiu considerav­elmente.

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CONTREIRAS PIPA | EDIÇÕES NOVEMBRO Obras, iniciadas em Setembro de 2016, enquadram-se num processo de modernizaç­ão do Caminho-de-Ferro de Luanda

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