Líderes mundiais defendem diálogo
Na sequência do anúncio, no sábado, pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que seu país pretende abandonar o acordo do tratado de armas nucleares, assinado com a Rússia em 1987, para reduzir o perigo de uma escalada nuclear e preservar a paz global, levou ontem vários líderes mundiais a pronunciarem-se a favor de um diálogo aberto, franco e construtivo entre os subscritores.
A União Europeia pediu um diálogo sério e seguro para "preservar" o tratado da Guerra Fria sobre os mísseis nucleares de alcance intermediário.
"Os Estados Unidos e a Federação Russa devem manter um diálogo construtivo para preservar este tratado e garantir a sua plena e verdadeira aplicação", disse a porta-voz da diplomacia europeia, Maja Kocijancic.
Em resposta, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, disse que Moscovo exige uma explicação da Administração Trump relativamente à sua pretensão de abandonar o acordo. Sergei Lavrov disse que Moscovo quer conversar com Washington sobre estes planos. "Estamos prontos para conversar com os Estados Unidos sobre o que precisa de ser feito relativamente ao INF (o Tratado de Eliminação de mísseis de alcance curto e médio) e ao START (o Tratado de Redução de Armas Estratégicas). Há questões que exigem uma discussão profissional, não com um megafone ou perante um microfone", sublinhou Lavrov, numa conferência de imprensa depois de uma reunião com o homólogo de Madagáscar.
"Somos responsáveis pela estabilidade global e esperamos que os Estados Unidos também não desistam da sua responsabilidade", disse o responsável russo.