Recuperadas 144 obras científicas
No rol de obras recuperadas em Portugal estão a “Carta Fitogeográfica de Angola”, que data de 1939, a “Zonagem Agro-ecológica de Angola”, de 1974
Angola recuperou 144 obras científicas, produzidas no período colonial e que se encontravam em Portugal. Trata-se de revistas, livros, relatórios, comunicações, memórias, trabalhos, artigos, boletins, teses de doutoramento e dissertações de mestrado.
Ao todo, 144 obras científicas, produzidas no período colonial e recuperadas por Angola a Portugal, estão, desde ontem, à disposição da comunidade científica e do público em geral no Arquivo Histórico Nacional.
As obras, entre revistas, livros, relatórios, comunicações, memórias, trabalhos, artigos, boletins, teses de doutoramento, dissertações de mestrado e cadernos, foram entregues pelo secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, Domingos Neto, ao Arquivo Histórico Nacional, representado na cerimónia pelo secretário de Estado das Indústrias Culturais e Criativas, João Constantino, e pela directora do arquivo, Alexandra Aparício.
As obras estão em versões originais ou cópias fidedignas, cedidas por instituições portuguesas para fins educativos e de investigação científica, essencialmente produzidas antes de 1975, disse o secretário de Estado para a Ciência, Tecnologia e Inovação, que agradeceu às instituições angolanas e portuguesas que contribuíram para a recuperação por Angola destas obras científicas.
Os trabalhos abordam sobretudo o sector da agricultura, mas há também, de acordo com Domingos Neto, “muitos títulos relacionados com os solos, minerais, cultura, saúde, flora, fauna e ciências marinhas.”
O processo de recuperação de literatura técnico-científico foi levado a cabo em 2012 pelo extinto Ministério da Ciência e Tecnologia, no âmbito do cumprimento do Programa de Governação e da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Inicialmente, o material bibliográfico estava para ficar na Biblioteca do Centro Nacional de Investigação Científica, mas, depois de reavaliar a situação, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação decidiu, este ano, colocar à disposição da comunidade científica e do público em geral através do Arquivo Histórico Nacional.
O Arquivo Histórico Nacional, tutelado pelo Ministério da Cultura,vai digitalizar os 144 títulos para posteriormente serem partilhados com instituições, entre as quais, as de ensino superior, de investigação científica e desenvolvimento e as mediatecas.
O secretário Domingos Neto afirmou que o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação está disponível para realizar com o Ministério da Cultura um trabalho conjunto destinado ao reforço da investigação científica no sector da Cultura e da propriedade intelectual, sobretudo, no que diz respeito aos direitos autorais de livros, particularmente os técnicocientíficos.
O secretário de Estado das Indústrias Culturais e Criativas, João Constantino, recomendou ao Arquivo Histórico Nacional o uso correcto dos livros recuperados e que os coloque já à disposição dos investigadores, estudantes e outros actores.
No rol de obras recuperadas, estão a “Carta Fitogeográfica de Angola”, que data de 1939, a “Zonagem Agroecológica de Angola”, de 1974, “A Palanca Real”, publicada em 1972, o “Breve Notice”, lançado em Paris, em 1901 e que faz referência ao Hospital Maria Pia, à ponte sobre o rio Catumbela e à abolição do tráfico de escravos.
O livro sobre “As populações autóctones de Angola”, que destaca a distribuição representada numa Carta Étnica de Angola, é também parte do acervo recuperado por Angola a Portugal. Um grupo
O secretário de Estado das Indústrias Culturais e Criativas recomendou ao Arquivo Histórico o uso correcto dos livros recuperados e que os coloque já à disposição dos investigadores