Empresas angolanas no Fórum Africano de Investimentos
Angola participa no Fórum Africano de Investimento (AIF), que encerra hoje, em Joanesburgo, depois de dois dias de actividades, com 25 empresas e três representantes do Governo, de acordo com uma nota do Ministério da Economia e Planeamento enviada ontem ao Jornal de Angola.
O AIF é uma plataforma em que mais de mil investidores, geralmente instituições financeiras, agências de desenvolvimento, bem como fundos soberanos e de pensões, lideram iniciativas para financiar projectos do sector privado em países africanos avaliados, em valores que vão dos 30 aos 500 milhões de dólares.
O Ministério da Economia e Planeamento considera que as taxas de juro previstas para esses financiamentos são atractivas.
As empresas angolanas estão representadas pela Antosc, KPMG, Dacafy e Filhos, Anglobal, Chopa Corporation, Fmaco, Probetão, Globaso, Ask Finance, Coscal, Fazenda Lua Aline, Caixa Geral Angola, Ielagro, BPC, Standard Bank e Kandumba, para apenas citar algumas.
Fazem ainda parte da delegação angolana cerca de 25 empresários, de vários ramos de actividade, que participaram do Roadshow do AIF 2018, realizado no dia 26 de Setembro de 2018 em Luanda, numa coordenação conjunta entre o Ministério da Economia e Planeamento e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
A nível institucional, o país é representado pelos ministros de Estado para o Desenvolvimento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, e da Economia e Planeamento, Pedro Luís da Fonseca, o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, e altos funcionários dos ministérios da Economia e Planeamento e das Finanças.
Está previsto que o ministro da Economia e Planeamento assine o Memorando sobre o Compacto Lusófono, uma iniciativa que tem como objectivo a mobilização de financiamentos para acelerar o crescimento inclusivo, sustentável e diversificado do sector privado nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).
Esta iniciativa prevê a realização de investimentos nos sectores prioritários dos países membros, nomeadamente agronegócios, pesca, energia - com destaque para as renováveis -, água e saneamento, infra-estruturas, turismo, banca e tecnologias de informação.
A participação de Angola neste certame está enquadrada nas acções institucionais direccionadas para a execução do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (Prodesi) - um programa de acção do Plano de Desenvolvimento Nacional 20182022 - na componente de promoção e captação de recursos financeiros para o sector privado nacional.