José Eduardo dos Santos
Apenas com quatro anos de Independência, Angola sofria um grande golpe: a morte de Agostinho Neto, o idealizador do país acabado de nascer. Era preciso encontrar o sucessor à altura do prestígio interno e externo de Agostinho Neto, para dar continuidade à obra. Unir os angolanos, libertar e desenvolver o país eram algumas das principais tarefas do novo líder.
A missão viria a ser confiada a um jovem de 31 anos: José Eduardo dos Santos. Entretanto, outra contrariedade viria a dificultar ainda mais o trabalho: o país mergulhara num longo conflito interno, que só terminaria em Abril de 2002, com a assinatura de um Acordo de Paz entre o Governo e a UNITA. O empenho para o fim do conflito e a tarefa de unir os angolanos valeram-lhe o devido reconhecimento, como "Arquitecto da Paz".
Além de defender as conquistas da Independência (manter a soberania), José Eduardo dos Santos lançou o processo de reconstrução do país, de restabelecimento das instituições e de abertura democrática, o que permite que hoje Angola tenha eleições regulares, elogiadas interna e externamente. Na hora da retirada da cena política, este ano, assumiu ter cometido erros ao longo da sua actividade e afirmou que deixava para os angolanos o seu "modesto legado".