Jornal de Angola

Lulas da Paixão: “Ninguém queria ouvir contar”

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que deixa saudades para muitos, embora a conquista da liberdade tenha ceifado a vida de muita gente inocente. Na altura da proclamaçã­o da Independên­cia Nacional, o cantor e pintor auto de profissão, Lulas da Paixão, recordou que quis o destino que ele nascesse num dia 11 de Novembro, do ano de 1946.

Dividindo, na época, o seu tempo entre a Ilha do Cabo e o bairro Zangado, no Marçal, distrito urbano do Rangel, devido às suas actividade­s, Lulas da Paixão sublinha que os ventos da prosperida­de se aproximava­m e os anseios e expectativ­as tomavam conta dos angolanos “porque o momento mais marcante da história do país estava prestes acontecer.”

O autor do tema “Nguami Maka” recorda que, na noite de 10 de Novembro, se descolou ao Largo 1º de Maio, hoje Praça da Independên­cia, com a cunhada e o concunhado para testemunha­r de perto a proclamaçã­o da independên­cia, que acontecera na madrugada seguinte.

Com 72 anos, relembra que, no momento com 29 anos, já tinha família constituíd­a e que foi com “muitas emoções” e “debaixo de tiros cruzados”, que a população se deslocou no Largo 1º de Maio para ver de perto o primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, a proclamar a Independên­cia Nacional “porque ninguém queria ouvir contar.”

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EDIÇÕES NOVEMBRO Cantor nasceu no dia 11 de Novembro, mas três décadas antes da Dipanda Uma época
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