Jornal de Angola

Fiscais estão sem meios para o controlo da fauna

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O Instituto de Desenvolvi­mento Florestal (IDF) no município do Lobito, província de Benguela, está há cerca de três meses sem fiscalizar os produtores artesanais de carvão nem os caçadores furtivos, devido à falta de meios de transporte e de pessoal, apurou ontem a Angop.

O responsáve­l municipal daquela instituiçã­o no Lobito, Carlos Correia, disse que não existe intervençã­o directa do IDF na zona compreendi­da entre a povoação do Culango e a comuna da Canjala, tudo porque está desprovida de transporte.

Carlos Correia adiantou que a viatura, que até então os fiscais utilizavam para o controlo das referidas áreas, encontra-se avariada há muito tempo e, não obstante esse constrangi­mento, a Direcção Provincial de Benguela do IDF deixou de prestar apoio em transporte à representa­ção municipal do Lobito.

O foco da acção de fiscalizaç­ão, segundo Carlos Correia, tem sido no Culango e na Canjala, cerca de 80 quilómetro­s da cidade do Lobito, onde existem áreas concedidas para exploração de carvão, da qual depende o sustento de “muita gente”, pois, o produto é comerciali­zado à beira da Estrada Nacional 100 ou em mercados informais.

O responsáve­l, que trabalha há 26 anos no IDF, disse que estes produtores artesanais de carvão vegetal não pagam qualquer taxa e, por isso, o Estado tem tido enormes prejuízos, na medida em que não arrecada receitas provenient­es dessa actividade.

É nesse contexto que Carlos Correia adverte que há cobrança de taxas para produção de carvão, em conformida­de com a Lei 6/17 de 24 de Janeiro 2017, que regula a actividade florestal em todo o país.

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