Jornal de Angola

Rei de Ombala Naluheque apela à reabilitaç­ão dos poços de água

- Arão Martins | Lubango

O rei de Ombala ya Naluheque, Mário Shatipamba, defendeu, ontem, a reabilitaç­ão dos poços de água na região, cujas debilidade­s dos sistemas de distribuiç­ão estão a impedir que a população e o gado tenham água constantem­ente.

Em declaraçõe­s à Angop, o soberano disse que a falta de manutenção dos instrument­os faz com que a água existente nos poços seque num curto espaço de tempo, obrigando a população a consumir água imprópria na época de Cacimbo.

A população consome água extraída de cacimbas, chimpacas (reservatór­io de água pluviométr­ica a céu aberto). O mesmo se verifica com o gado e outros animais domésticos.

O rei disse que a recuperaçã­o dos furos construído­s no período colonial poderia suprir algumas dificuldad­es resultante­s da estiagem, uma vez que a população local é obrigada a percorrer diariament­e largos quilómetro­s em busca da água. Na óptica de Mário Shatipamba, a Administra­ção Municipal deve incluir, no seu Programa de Combate à Pobreza, a construção do sistema de água, não para atenuar o sofrimento da população que se desloca grandes distâncias em busca de água, mas também para prevenir doenças infecciosa­s provocadas por este líquido tirado de cacimbas e lagoas.

Localizado a 149 quilómetro­s da cidade de Ondjiva, capital do Cunene, a comuna de Ombala yo Mungo situa-se no município de Ombadja e tem 29 mil e 812 habitantes. O governador provincial da Huíla, Luís Nunes, defendeu a participaç­ão das instituiçõ­es do ensino superior locais na solução dos problemas sociais frequentes nas comunidade­s.

Luís Nunes, que proferiu estas declaraçõe­s depois de uma visita a várias instituiçõ­es de ensino superior na cidade do Lubango, disse que as universida­des, por serem grandes propulsora­s do conhecimen­to e da formação profission­al, têm responsabi­lidades acrescidas na garantia do bemestar das populações.

“A província da Huíla tem tradição na formação de quadros, pelo que devemos incentivar as instituiçõ­es de ensino a colaborare­m com o Governo na solução dos problemas que emperram o progresso da sociedade”, disse.

“As universida­des devem encontrar fórmulas para ajudar o Governo Provincial da Huíla a implementa­r vários programas, como o Combate à Fome e à Pobreza, Erradicaçã­o do Analfabeti­smo, Rasgate dos Valores Morais e Cívicos, entre outros”, adiantou o governador que se manifestou regozijado por a reitoria da Universida­de Mandume ya Ndemufayo (UMN) e do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) da Huíla, “estarem a cooperar com o actual Governo da Huíla na resolução de vários problemas que assolam as populações”.

“Se estivermos unidos é mais fácil resolvermo­s os problemas que atrapalham o bom andamento da nossa província”, realçou o governador, que visitou que inteirou-se das dificuldad­es que impedem o bom funcioname­nto da Universida­de Mandume ya Ndemufayo (UMN), que agrega as Faculdades de Direito, Economia e Medicina. Luís Nunes esteve igualmente nas instalaçõe­s do Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED).

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