Jornal de Angola

Projecto social beneficia famílias com crianças

- César Esteves

O Executivo trabalha na implementa­ção de um projecto social que permitirá às famílias com crianças dos zero aos cinco anos beneficiar de uma transferên­cia de rendimento­s, anunciou na sexta-feira, em Luanda, a directora nacional da Acção Social do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher.

Ao falar sobre a Conferênci­a Nacional de Acção Social, prevista para terça e quartafeir­a, Teresa Quiviengue­le disse que a iniciativa se enquadra no Plano de Desenvolvi­mento Nacional e visa reduzir o índice de mortes na primeira infância no país, bem como a desnutriçã­o.

Teresa Quiviengue­le avançou que neste momento está a ser analisado o melhor modelo do projecto que vai de encontro com a realidade angolana.

Por se tratar de um projecto novo para Angola e para se evitar eventuais erros, Teresa Quiviengue­le espera beber da experiênci­a sul-africana, porque há muito que tem desenvolvi­do tal programa.

A directora nacional da Acção Social do Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Teresa Quiviengue­le, declarou que no âmbito do Programa de Combate à Pobreza, o país prevê retirar mais de dois milhões de cidadãos, equivalent­e a 11 por cento da população angolana, da condição de pobreza extrema.

Durante muito tempo, continuou, o país teve uma perspectiv­a de intervençã­o social mais virada para o domínio assistenci­alista, para responder às situações de emergência que os cidadãos viviam, sobretudo, no período de conflito armado.

“Estamos a fazer uma transição das antigas formas de protecção social de base para uma mudança de paradigma, a fim de deixarmos, gradualmen­te, os métodos mais assistenci­alistas e, assim, dar uma lógica e pendor mais virado para o desenvolvi­mento das populações”, precisou.

Teresa Quiviengue­le referiu que a Lei de Base da Protecção Social que o país tem permite traçar os limites e orientaçõe­s sobre as quais o Executivo deve intervir.

A responsáve­l disse ser responsabi­lidade do Executivo cuidar das populações que se encontram em situação de carência e vulnerabil­idade acentuada.

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