Marginais condenados entre 16 e 21 anos de prisão
Um grupo de cinco marginais que se dedicava a acções a mão armada, roubos qualificados e associação de malfeitores em Luanda, Uíge e Mbanza Kongo foi condenado na sexta-feira pelo Tribunal da Comarca do Zaire com penas entre 16 e 21 anos de prisão maior.
Eduardo André “Cafrico”, 21 anos, chefe-adjunto do grupo, foi condenado na pena máxima de 21 anos de prisão maior, por ser reincidente num só processo com seis crimes.
O acórdão lido pelo juiz do Tribunal do Zaire Alberto da Silva Coxe ditou a pena de 16 anos de prisão maior a João Fernandes “Laton”, também de 21 anos, natural do Uíge. O réu cometeu três crimes de roubo qualificado, cuja gravidade é punida pelos artigos 475 nº2, 538/B e 552 todos do Código Penal.
Outros três integrantes do grupo, Manuel Tando, Quiala Simão e Agostinho Makiese, ambos com 20 anos de idade, foram igualmente condenados na pena única de 16 anos e reconduzidos à Unidade Prisional do Nkiende, há 30 quilómetros da sede da província do Zaire. A polícia continua no encalço dos restantes integrantes do grupo que se encontram foragidos. Segundo o juiz do Tribunal do Zaire, os criminosos não se fazem acompanhar de qualquer documentação oficial, que ateste a sua real identidade.
Para as acções de mão armada, os meliantes utilizavam duas armas automáticas do tipo AKM e uma caçadeira. Nos autos lidos na audiência em Abril último, os marginais entraram despercebidamente numa unidade fabril de blocos na calada da noite e fizeram quatro disparos à queima-roupa contra dois guardas que protegiam à fábrica. Felizmente, os seguranças conseguiram escapar das garras dos meliantes, tendo se apoderado de três das oito motorizadas que se encontravam no interior da fábrica.
No dia seguinte, o grupo de João Fernandes “Laton”e seus comparsas levaram as motorizadas para a fronteira do Luvo, acabando por vender a um cidadão congolês. Um dos companheiros do grupo apoderou-se do dinheiro da venda das motorizadas e meteu-se em fuga para um local incerto.