Praias cheias e hospitais com pouco movimento
No Dia do 43º aniversário da Independência Nacional, centenas de cidadãos, em Luanda, decidiram passar o feriado nas praias da Ilha do Cabo. O Serviço Nacional de Bombeiros tinha destacado no local vários nadadores-salvadores. Na maior unidade sanitária do país, o Hospital Josina Machel, o movimento no banco de urgência era ontem calmo.
Eram mais
de dez doentes sentados à espera de atendimento no Banco de Urgência do Hospital Josina Machel, em Luanda, na manhã de ontem. Nas enfermarias o número de doentes em tratamento era inferior ao número de pacientes à espera de atendimento, um facto que reflectia um movimento calmo.
Em serviço no Banco de Urgência de Medicina estavam sete médicos, entre os quais a neurologista Juliana Napolonga, que disse ao Jornal de Angola ter atendido dez doentes, entre crianças e adultos. A médica disse que o Banco de Urgência de Medicina esteve relativamente calmo em comparação com os dias anteriores, marcados pelo surgimento de pacientes que chegavam de outros hospitais de Luanda.
O Banco de Urgência de Medicina recebeu, entre sábado e a manhã de ontem, 86 doentes, 12 dos quais atendidos com carácter de urgência. A malária, AVC e a diabetes estão entre as doenças mais diagnosticadas e tratadas. O Banco de Urgência de Cirurgia estava ontem de manhã também com sete médicos, distribuídos por equipas de cirurgia geral, de ortopedia, maxilofacial e oftalmologia.
Maria Judite Pêlo, directora do Banco de Urgência de Cirurgia, disse ao Jornal de Angola que, ao contrário de outros dias, ontem o banco estava tranquilo. “Hoje, encontra-se muito calmo, sem qualquer agitação”, salientou Maria Pêlo, que disse estar feliz por não haver muitos doentes, “num dia tão especial para os angolanos”. Os casos que mais preocupam o Banco de Urgência de Cirurgia são os de politraumatismos, como acidentes de viação e agressões físicas. Entre sábado e a manhã de ontem, foram atendidas 189 pessoas no Banco de Urgência de Cirurgia.
Atendimento rápido
Maria Judite Pêlo atendia uma criança de seis anos quando foi abordada pelo Jornal de Angola. A mãe do menino contou que o filho, que padece de hérnia, tem sido acompanhado pelo hospital e até ontem não tinha nada a lamentar no que toca ao atendimento.
No Banco de Urgência de Medicina estava Francisca Vicente, de 25 anos, que observava o atendimento à sua irmã de 17 anos, que está, há um mês, com crise de desmaios. Por já terem recorrido a vários hospitais, mas sem êxito, decidiram ir ao Josina Machel.
A ronda do Jornal de Angola passou também pelo Hospital do Prenda, onde o ambiente era ainda mais calmo. Domingos Manuel, enfermeiro supervisor de serviço, disse que o ambiente era calmo. Nove doentes estavam à espera de atendimento, enquanto outros dois estavam em observação, um por acidente de viação e outro por falciformação.
Colocados no corredor, estavam dois doentes a receber soro. Antónia Pascoal, de 33 anos, chegou às 8h00 e foi atendida às 10h00. Apesar do tempo de espera, elogiou o hospital pela forma como foi atendida.