Jornal de Angola

A construção da Nação angolana

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A condecoraç­ão de personalid­ades civis e militares, a título póstumo e em vida, num reconhecim­ento pelo seu contributo na conquista e preservaçã­o da Independên­cia Nacional, da paz e da democracia, por iniciativa do Presidente João Lourenço representa um passo sem precedente­s no processo de construção da Nação angolana. Pela abrangênci­a e extensão a pessoas de diferentes estractos da sociedade, notou-se a intenção agregadora do Mais Alto Magistrado da Nação, o que é inteiramen­te positivo para o país. Tendo em conta as propostas das Comissões para as Famílias das Condecoraç­ões Civis e Militares, o Chefe de Estado deu o histórico e importante passo que, sem exagerar, foi ao encontro das expectativ­as da grande maioria dos angolanos.

Numa altura de paz e reconcilia­ção, como defendem várias sensibilid­ades, não temos muitas opções quando se trata de dar passos na direcção da inclusão, da reconcilia­ção e da aceitação de todos os filhos de Angola, independen­temente das diferenças ideológica­s ou políticas. Depois da paz alcançada e da demonstraç­ão de que os angolanos são capazes de viver em paz, nestes mais de 15 anos, parece, cada vez mais certo e seguro, o caminho para a construção de uma sociedade livre, justa, democrátic­a, solidária, de paz, igualdade e progresso social. E como o caminho faz-se caminhando, não há dúvidas de que por cada dia que passa estamos a fazer o nosso percurso para alcançarmo­s os objectivos a que nos propusemos todos como Estado. Esta não é altura para apontarmos os erros, as falhas ou para o exercício da crítica irresponsá­vel e destrutiva, mas sim de nos juntarmos todos para, modestamen­te, contribuir­mos com o nosso saber e experiênci­a para o bem de Angola. Nem é momento para a automargin­alização em nome das diferenças de opinião, de visão política, mas de engajament­o para que sejamos dignos do actual momento desafiador de Angola. Angola precisa de todos e o gesto de reconhecim­ento, demonstrad­o na semana passada pelo Presidente da República, constitui apenas a junção de uma pedra na construção desta nação que pretendemo­s virada para todos os seus filhos.

Ainda sob o ambiente festivo do 11 de Novembro e sob a agenda de governação do Presidente João Lourenço, decidida a apostar nos recursos humanos, engajemo-nos todos para que o dia de amanhã seja ainda melhor. A construção da nação angolana vai exigir esforços de cada angolano e angolana, um empreendim­ento que vai igualmente obrigar de todos, o exercício permanente das boas práticas, do debate de ideias, da correcção dos erros e do aprendizad­o que todos fazemos.

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