“BNA não concedeu empréstimo à ENSA”
A presentação do Relatório & Contas de 2017 gerou críticas relacionadas com o incumprimento de um crédito concedido à ENSA. Quer explicar-nos esta situação?
O Banco Nacional de Angola não concedeu crédito algum à ENSA, de acordo com o que temos aqui nos nossos registos. O Banco Nacional de Angola concedeu, no âmbito daquilo que a lei lhe permite, acesso à liquidez a um banco comercial que tinha direitos de crédito sobre a ENSA e aceitou a regularização da facilidade de liquidez por dação desses direitos de crédito, em Março do ano passado – note que a equipa a que eu presido ainda não estava aqui no BNA.
O banco comercial fez um acordo com o BNA dizendo “entrego-lhe os direitos de crédito que tenho sobre a ENSA e a sua dívida fica saldada”. O banco central entendeu que sim e aceitou-o. O que é certo é que chegado o momento do pagamento da primeira prestação ao Banco Nacional de Angola, essa entidade não foi capaz de honrar e, como o BNA segue as normas internacionais de relato financeiro, foi obrigado a constituir imparidades, que acabaram por gerar um elevado prejuízo no ano de 2017.
A nossa acção foi a de protegermos a instituição, como, de resto, espelha o relatório do auditor externo e do conselho de auditoria do banco às contas que estão disponíveis no site do BNA.
Temos estado a dialogar com a ENSA e com o Ministério das Finanças para termos esta situação resolvida o mais depressa possível, para que o assunto seja tratado da forma que melhor sirva o Banco Nacional de Angola. Queremos, ainda este ano, ter esta situação resolvida.