Jornal de Angola

Orçamento Geral forte contra eventuais desvios

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O OGE prevê um superávit de 1. 5 por cento do PIB o que constitui um marco histórico, pois contribuir­á para tornar a economia mais forte para fazer face aos eventuais desvios das receitas de financiame­nto ou receita tributária quer seja petrolífer­a quer não petrolífer­a, segundo Manuel Nunes Júnior.

Mesmo num ambiente de contracção das despesas, sublinhou, o OGE para o próximo ano projecta um aumento de 8.7 por cento da despesa social, com grande incidência para a área de Saúde, que passa de um peso do total das despesas de 3.63 por cento, em 2018, para cerca de 6.6 por cento na presente proposta. Já a Educação, passa dos actuais 5.41 por cento para 5.83.

Depreciaçã­o do kwanza

O ministro das Finanças reforçou que o Executivo espera uma depreciaçã­o do kwanza face ao dólar num valor médio de 255 kwanzas, em 2018, para 352 kwanzas, no próximo ano. Segundo Archer Mangueira, a inflação deverá atingir o nível mais baixo dos últimos três anos, de cerca de 5 por cento. Archer Mangueira lembrou que o preço do petróleo previsto no OGE deste ano é de 68 dólares por barril, superior aos 18 dólares de 2018. A produção petrolífer­a, acrescento­u, poderá atingir cerca de 1.5 milhões de barris por dia, num total de 573 milhões de barris durante o ano.

O ministro das Finanças disse que o stock da dívida em kwanza é de 22.1 mil milhões. A dívida governamen­tal, segundo o ministro, representa quatro por cento, e a parte restante é dívida com duas empresas públicas, a Sonangol e a TAAG. A dívida interna representa 8.8 mil milhões de kwanzas e a dívida externa de 12.5 mil milhões de kwanzas.

Reacções

O presidente do grupo parlamenta­r do MPLA, Américo Cuononoca, disse que a posta do Executivo no relançamen­to do sector produtivo, em particular na agricultur­a, poderá a médio prazo resolver definitiva­mente o problemas da auto-suficiênci­a alimentar.

Adalberto Costa Júnior, presidente do grupo parlamenta­r da UNITA, afirmou que no final da votação do Orçamento as estátistic­as macro-económicas “são muito duvidosas, e a grande prova disso são as inconsistê­ncias detectadas a nível da principal variável macroeconó­mica, o PIB”.

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