Rússia propõe criação de centro regional de helicópteros e aviões
A Rússia sugeriu ontem a criação, em Angola, de um centro de manutenção de técnicas de helicóptero e aviões, que podia responder como centro regional em África.
A proposta foi apresentada pelo primeiro vice-director do Serviço Federal para a Cooperação Técnico-Militar da Rússia, Boytsov Andrey, que falava depois da cerimónia de abertura da 5ª reunião do comité intergovernamental de cooperação técnico-militar Angola-Rússsia.
Boytsov Andrey, que manifestou também o desejo do seu país em potenciar o centro, destacou que Angola tem todas as condições necessárias para a criação do centro em causa, incluindo quantidades suficientes de helicópteros que estão a ser explorados.
O chefe da delegação russa considerou a sugestão muito oportuna e lembrou que muitos países africanos estão a solicitar a implementação do referido projecto no continente.
Por consideração às relações históricas dos dois países, incluindo a posição geográfica do país, frisou, “achamos muito conveniente criar em Angola o centro que tem tudo para ser o centro regional.”
O secretário de Estado para os Recursos Materiais e Infraestruturas do Ministério da Defesa Nacional, Afonso Carlos Neto, disse que a delegação vai avaliar, durante dois dias, os programas e projectos de consultoria e formação de especialistas, sector da in-dústria de defesa, reequipamento das FAA e o acordo de protecção da propriedade intelectual decorrente da cooperação técnico-militar.
Afonso Carlos Neto explicou que para o programa de consultoria e formação de especialistas, sustentado por dois contratos específicos, as áreas estão a proceder à reformulação para serem adequadas ao contexto actual, que numa primeira fase deverá servir de programa potenciador dos centros do saber do país.
O secretário de Estado disse que em relação ao programa da indústria de defesa, pela grande importância que tem no sistema de asseguramento logístico e estratégico das FAA, é dos grandes desafios inscritos no Programa Nacional de Desenvolvimento 2018-2022.
A sua implementação, disse, enquadra-se dentro do amplo programa de diversificação da economia, contribuindo para que o país saia da situação de estagnação, considerando que “os resultados da indústria de defesa concorrerão na substituição de importações”, promovendo o crescimento económico do país.
Sobre o reequipamento das FAA, o Ministério da Defesa vai dar tratamento primordial aos programas de reparação e modernização do armamento e técnica.