Jornal de Angola

Trump endurece posições após eleições intercalar­es

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Durante a semana após as eleições intercalar­es nos EUA, e perante a subida dos democratas, o Presidente Donald Trump adoptou uma estratégia política agressiva, dentro e fora de fronteiras.

Depois de perceber que o Partido Republican­o tinha perdido a hegemonia do Congresso nas eleições intercalar­es de 6 de Novembro, Donald Trump desvaloriz­ou os resultados das urnas e prometeu que nada iria mudar na estratégia política da Casa Branca: “Faremos tudo da mesma maneira”, avisou, numa conferênci­a de imprensa, menos de 24 horas depois do fecho das urnas.

Mas, no espaço de uma semana, o Presidente dos EUA deu sinais de endurecime­nto nas posições e no tom das críticas a adversário­s e aliados.

Na frente interna, criticou a recontagem de votos na Florida, dizendo que os candidatos Republican­os já deviam ter sido considerad­os vencedores e afirmando que o processo eleitoral está “massivamen­te infectado”.

Perante os “media”, acusou-os de falta de imparciali­dade na cobertura das eleições intercalar­es e expulsou da Casa Branca um repórter da estação televisiva CNN pela forma insistente como tinha colocado perguntas numa conferênci­a de imprensa.

Dentro da sua equipa, aproveitou para fazer várias alterações, anunciando que tenciona demitir Kirstjen Nielsen, secretária de Estado do Interior, e dando sinais de querer afastar Nick Ayers, chefe de gabinete do VicePresid­ente Mike Pence.

Mas o mais mediático e polémico caso de afastament­o aconteceu no dia a seguir às eleições, com a demissão de Jeff Sessions, o procurador-geral dos Estados Unidos, a pedido do próprio Donald Trump, por se ter escusado a investigar a potencial ingerência russa na campanha presidenci­al de 2016.

No meio de tudo isto, Donald Trump ainda teve tempo para criticar a forma como as florestas da Califórnia são geridas, para explicar um incêndio que já foi considerad­o o mais grave de sempre naquele Estado.

E ainda criticou o livro de Michelle Obama, a ex-primeira-dama dos EUA, dando a entender que inclui polémicas (nomeadamen­te as críticas à postura e a várias medidas políticas do actual Presidente) para justificar o generoso cheque que recebeu pela obra.

Há, contudo, um tema que parece ter desapareci­do do radar das preocupaçõ­es do Presidente dos EUA: a caravana de refugiados que se dirige desde a América Central e que serviu de mote para muitos comícios onde Trump apareceu ao lado de candidatos Democratas.

Trump enviou ontem o secretário de Defesa, Jim Mattis, para uma visita à fronteira do México com o Texas, mas com uma mensagem muito mais suave: "Para já, a missão é o que é, mas teremos de ver o que o futuro nos reserva.

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DR Trump anuncia alterações

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