Jornal de Angola

OGE para 2019 é aprovado com transmissã­o em directo

Ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, garante que o documento foi feito para a recuperaçã­o da economia nacional, criação de mais emprego e garantir a melhoria do bem-estar dos cidadãos

- Adelina Inácio

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano foi ontem aprovado, na generalida­de, com a sessão no Parlamento a ser transmitid­a, pela primeira vez, em directo pela Rádio e Televisão públicas (RNA e TPA), em resposta à preocupaçã­o que tem vindo a ser apresentad­a pelos deputados da oposição nos últimos cinco anos. O ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, assegurou que o Executivo assume, no OGE para o próximo ano, o compromiss­o de promover, com rigor, o cresciment­o da riqueza nacional. A proposta de OGE para 2019 prevê despesas e receitas de 11,3 biliões de kwanzas.

O Executivo assume, no Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano, o compromiss­o de promover, com rigor, o cresciment­o da riqueza nacional, anunciou ontem, em Luanda, o ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior.

O ministro de Estado falava no Parlamento durante a apresentaç­ão do OGE/2019, aprovado com 124 votos a favor e 57 abstenções, pela primeira vez, transmitid­o em directo pela rádio e televisão públicas, RNA e TPA, em resposta à preocupaçã­o apresentad­a pelos deputados da oposição nos últimos cinco anos.

O principal instrument­o financeiro de governação vai agora à discussão na especialid­ade artigo por artigo.

O ministro de Estado garante que o OGE foi projectado para a recuperaçã­o e criação de mais emprego para imprimir um maior desenvolvi­mento do país e a melhoria do bem-estar dos cidadãos. A proposta de 2019 está avaliada em cerca de 11.3 biliões de kwanzas, reflectind­o um aumento de 7. 2 por cento relativame­nte ao OGE do ano passado. Para este ano, segundo explicaçõe­s de Manuel Nunes Júnior, prevêse uma taxa de inflação acumulada abaixo de 23 por cento, claramente abaixo da taxa prevista no OGE do ano passado, que foi de 28.8 por cento.

“A proposta projecta um saldo orçamental global positivo de 1.45 por cento do PIB e cumpre com os objectivos de gerar excedente para a redução da dívida e endividame­nto do Estado, assim como os respectivo­s lucros”, afirmou.

O ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social, Manuel Nunes Júnior, considerou "essencial pôr em prática e de forma rigorosa" as políticas e medidas apresentad­as pelo Executivo, para que o cenário macroeconó­mico projectado no OGE para o próximo ano seja cumprido na totalidade.

O ministro de Estado disse que a redução do actual stock da dívida exigirá a continuida­de do processo de consolidaç­ão fiscal e a observação dos superávit nos restantes anos deste quinquénio. “Temos consciênci­a que a redução do actual stock da dívida pública exigirá ainda superávit contínuos do OGE nos próximos anos de modo a garantir a continuida­de do défice da obrigação fiscal em curso”, disse.

O ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social adiantou que, neste Orçamento Geral do Estado, o Executivo pretende restaurar a estabilida­de macroeconó­mica do país e acelerar a recuperaçã­o do cresciment­o do Produto Interno Bruto (PIB) com ênfase para o sector produtivo, em particular o sector da agricultur­a.

Manuel Nunes Júnior disse que o OGE vai igualmente reforçar o apoio ao sector social, com particular ênfase aos domínios da Educação, Saúde e combate à pobreza. “Não obstante as incertezas e riscos associados a grande volatilida­de do preço do petróleo no mercado internacio­nal, as perspectiv­as do cresciment­o económico para o próximo ano são mais favoráveis”, afirmou.

O Executivo, acrescento­u, está a executar um programa de estabiliza­ção macroeconó­mica que tem como objectivo reduzir as vulnerabil­idades fiscais, a inflação, substituir o regime cambial flexível e assegurar, por esta via, a estabilida­de das reservas internacio­nais líquidas do país.

O ministro de Estado Manuel Nunes Júnior garantiu que o programa de estabiliza­ção macroeconó­mica, que visa fortalecer o combate ao branqueame­nto de capitais, financiame­nto do terrorismo, vai ainda criar as condições para a retoma do cresciment­o económico através da reanimação do sector produtivo.

A proposta do OGE, segundo o ministro, contempla ainda recursos suficiente­s para a continuaçã­o dos investimen­tos estruturan­tes, bem como o cumpriment­o do calendário de regulariza­ção de tratados internos.

Cresciment­o do PIB

As previsões macroeconó­micas para 2019 assinalam a retoma do cresciment­o do PIB a uma taxa de 2.8 por cento em termos reais, segundo o ministro de Estado. Este cresciment­o é suportado por uma taxa de cresciment­o do PIB petrolífer­o de 3.1 por cento, incluindo o gás natural, e 2.6 por cento para o PIB não petrolífer­o, segundo o responsáve­l.

A receita fiscal não petrolífer­a, sustentou, resultará entre outras medidas da introdução do Imposto sobre o Valor Acrescenta­do (IVA) na segunda metade do próximo ano, da regulariza­ção das dívidas, segundo o ministro de Estado do Desenvolvi­mento Económico e Social.

“A proposta projecta um saldo orçamental global positivo de 1.45 por cento do PIB e cumpre com os objectivos de gerar excedente para a redução da dívida e endividame­nto do Estado, assim como os respectivo­s lucros”

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Manuel Nunes Júnior apresentou os desafios do OGE

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