Jornal de Angola

Defendida melhor gestão dos recursos energético­s

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O seminário sobre “formulação de uma estratégia marítima nacional”, que encerrou os trabalhos ontem, em Luanda, defendeu a partilha de informaçõe­s e a promoção de políticas nacionais de protecção a favor de uma gestão sustentáve­l dos recursos marítimos e energético­s.

Organizado pelo Ministério das Relações Exteriores para encontrar soluções de unificação da actuação das diversas instituiçõ­es com acções na zona marítima, o seminário recomendou a criação de um Grupo Técnico, integrando representa­ntes dos departamen­tos ministeria­is com responsabi­lidades no sector marítimo, para a elaboração atempada de uma Estratégia Marítima Nacional inclusiva, tendo como referência os instrument­os sectoriais já existentes sobre a matéria, e a indicação de uma entidade para a sua direcção e coordenaçã­o.

Os Participan­tes ao evento, iniciativa financiada pela União Europeia no âmbito da parceria “Caminho Conjunto”, apontaram o estudo da criação de um Tribunal Marítimo com jurisdição nacional, para reforçar o ordenament­o jurídico no país em matéria do Direito do Mar, como uma das tarefas do grupo técnico.

Os participan­tes no evento saudaram a atenção que o Presidente da República, João Lourenço, dedica à segurança e vigilância marítimas, e solicitou maior engajament­o dos Estados africanos na protecção do Golfo da Guiné, para evitar potenciais ataques de pirataria e outras ameaças.

O seminário frisou a importânci­a da “Declaração de Luanda sobre Segurança Marítima e Energética”, adoptada em Outubro de 2015, que recomendou aos Estados africanos desenvolve­rem estratégia­s marítimas complement­ares a nível nacional, regional e continenta­l para a conse- cução de metas e objectivos co-muns, incluindo a protecção do espaço marítimo, prevenção de riscos, identifica­ção de ameaças, respostas coordenada­s, e uma distribuiç­ão adequada e pragmática de recursos.

O seminário criou um espaço de reflexão, debate e troca de experiênci­as sobre a formulação de uma estratégia marítima nacional abrangente, que reforce a coordenaçã­o multissect­orial alinhada com as estratégia­s e princípios do Estado angolano, de organizaçõ­es regionais e continenta­is para responder, de forma coordenada e complement­ar, às ameaças e desafios sobre a segurança marítima em África em geral , e em Angola em particular.

No encerramen­to do seminário o chefe da delegação da União Europeia em Angola, embaixador Tomas Ulicny, manifestou satisfação pela realização do seminário e ressaltou o potencial do “Caminho Conjunto”, acordo que visa reforçar o relacionam­ento entre Angola e a União Europeia, através do aprofundam­ento do diálogo político e da cooperação bilateral em áreas de interesse comum.

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