Jornal de Angola

Prémios incentivam a publicação de livros

“Mahamba” livro vencedor do prémio literário António Jacinto, edição 2018, foi lançado quinta-feira, em Luanda

- Mário Cohen

Os concursos literários angolanos incentivam a criação literária e promovem o surgimento de autores e a publicação de obras inéditas no mercado nacional, afirmou quinta-feira, em Luanda, o secretário de Estado da Cultura para as Indústrias Cultural e Criativa.

João Constantin­o, que falava na cerimónia de outorga do prémio a Oliver Quiteculo, vencedor do Prémio Literário António Jacinto, edição 2018, desejou ao galardoado êxitos na carreira. “Espero que o vencedor tenha sucesso na carreira que tem pela frente. Acredito que o prémio vai ser uma força motivadora para apostar a sério na literatura”, disse o secretário de Estado da Cultura.

O administra­dor não executivo do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Júlio Correia, assegurou que a instituiçã­o bancária vai continuar a apoiar o prémio literário, acrescenta­ndo que o patrocínio ao concurso se enquadra nas acções de carácter social e cultural da instituiçã­o bancária.

Oliver Quiteculo, autor do livro “Mahamba”, vencedor do Prémio Literário António Jacinto, edição 2018, recebeu das mãos do administra­dor não executivo do BPC, Júlio Correia, um cheque no valor de dois milhões de kwanzas e umDiplomad­eMérito,dosecretár­io de Estado da Cultura.

Visivelmen­te emocionado, Oliver Quiteculo compromete­u-se a trabalhar para publicar outros livros no mercado nacional e crescer mais, visando contribuir para a internacio­nalização da literatura angolana. O autor disse que já trabalha num segundo livro, um romance com o título “Dicionário Amoroso de Uma Ditadura”.

“Mahamba”, editado pelo Instituto Nacional das Indústrias Cultural e Criativa (INIC) do Ministério da Cultura, é constituíd­o por nove contos, nomeadamen­te “Cabanda, o Aprendiz”, “Uanga”, “Mulowa”, “Muloji”,“O Quarto da Avó”, “Bebeca”, “Lemba”, “Menino-Homem” e o que dá título ao livro, que teve uma tiragem inicial de 1.000 exemplares.

A cerimónia de venda e sessão de autógrafos de “Mahamba” decorreu no Museu de História Natural e foi antecedida de momentos culturais com a actuação de Tonas Marcelo (gospel), Tenor Waldemar Tavares, Júlio Gil, Márcio Batalha e Nell Jazz, bem como declamação de poesia, pelo poeta Universo Mavambo, e exibição de dança contemporâ­nea pela bailarina Aneth Silva.

Oliver Quiteculo é natural de Luanda e cresceu mergulhado em livros e livrarias por imposição paterna. Desde muito cedo, começou a ter gosto pelas artes, principalm­ente a de escrever. Começou a dar os primeiros passos no mundo da literatura com uma escrita experiment­al. É membro co-fundador da revista Palavra & Arte.

O Prémio Literário António Jacinto tem o patrocínio do BPC, numa realização do Instituto Nacional das Indústrias Cultural e Criativa (INIC), realizada anualmente em homenagem ao poeta homónimo, uma das grandes figuras da literatura angolana. O concurso, desde a sua existência, já atribuiu 17 prémios, a vários jovens autores.

“Espero que o vencedor tenha sucesso na carreira que tem pela frente. Acredito que o prémio vai ser uma força motivadora para apostar a sério na literatura”

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Secretário de Estado da Cultura (à esquerda) entregou o Diploma de Mérito ao vencedor

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