Os nossos universitários
A visita do Presidente da República, João Lourenço, ao Campus Universitário da Universidade Agostinho Neto (UAN), efectuada ontem, comprova o empenho pessoal e a preocupação do Executivo para com o ensino em geral e o superior em particular.
A modernização de Angola passa necessariamente pelas melhorias que o ensino superior merece e conhece porque apenas desta forma será capaz de dar respostas aos problemas e desafios da sociedade. É preciso que os investimentos que o Estado e os privados fazem para que Angola tenha um sistema de ensino competitivo continuem porque o conhecimento, a ciência e a técnica vão ser ferramentas dominantes no futuro. As exigências hoje, relacionadas com o ensino superior para colocar as nossas instituições de ensino no topo das melhores, mas fundamentalmente proporcionar ao país as soluções “Feito em Angola”.
Por isso é que o Chefe de Estado defende a qualidade do ensino que, como disse, sem primar pelo elitismo, seja capaz de olhar para a selecção dos melhores, ao nível dos estudantes, bem como dos mais capazes, ao nível dos docentes. Para o topo do ensino, cuja investigação científica constitui uma espécie de cereja, deverão ir os melhores porque são estes que melhor resposta saberão proporcionar a alguns dos desafios e problemas que a sociedade enfrenta. Angola deverá apostar, como prioridade, em cursos ligados às engenharias, saúde e ciências de computação, como frisou o Chefe de Estado, num diagnóstico sobre as necessidades em matéria de quadros para áreas chaves do seu processo de desenvolvimento e crescimento.
É nas universidades em que as nossas empresas e instituições públicas e privadas, deverão olhar como uma das saídas para a busca de soluções aos seus problemas. O Presidente João Lourenço lançou um repto à classe empresarial para que esta contribua para o crescimento do mercado angolano de trabalho, com a permissão de estágio e inserção dos melhores estudantes.
Numa altura em que não é ainda significativa, e quando até algumas empresas resistem, a colaboração com as instituições de ensino, quando se trata da inserção para estágios e emprego, urge mudar de paradigma. Se os quadros que Angola forma, nas condições em que forma não forem aceites pelas nossas instituições mesmo na base do treinamento "onthe-job", quem os aceitará ? Mais do que esperar pelos melhores ao nível do ensino superior, uma realidade passível de ocorrer a medida que as reformas forem introduzidas, devemos aprender a valorizar o que temos no momento em que temos. Estes são os nossos estudantes universitários e é com eles que devemos contar para resolvermos os nossos problemas.