Transparência eleva o investimento
Os empresários estrangeiros estão confiantes com a nova política adoptada pelo Governo de combate à corrupção e de imposição de transparência nos negócios em Angola, o que consideram que vai ajudar a desenvolver a economia nacional e a conquistar a confiança dos investidores.
A opinião é da expositora Cláudia Vale, directora de Marketing, Qualidade e Pessoas do Grupo português Ramos Ferreira, quando falava no decurso do III Expo-Indústria e XV Projekta, que encerram amanhã na Zona Económica Especial (ZEE).
A Ramos Ferreira, empresa que actua no mercado desde 2010, na execução de projectos de engenharia e de instalações especiais, está animada com a tendência de recuperação da economia angolana.
“Nós queremos continuar a ajudar a fortalecer a economia angolana, criando novos projectos e novos empregos”, destacou, considerando que Angola vai conseguir ultrapassar os constrangimentos actuais, como o acesso às divisas.
Para Cláudia Vale, essa é uma das maiores dificuldades com que se deparam as empresas nacionais e estrangeiras, sobretudo as que têm que importar matérias-primas e efectuar pagamentos a fornecedores externos, situação que tem atrasado as obras em curso.
A empresa prevê elevar o volume de negócios de cinco mil milhões de kwanzas em 2018, oito mil milhões em 2019, esperando que o sector da indústria aumente em 10 por cento. “Temos muitos constrangimentos para avançar com os investimentos”, disse, revelando que a empresa tem valores avultados a receber do Estado. Para ela, a previsão da liquidação estava aprazada para o segundo trimestre deste ano, mas, até agora, não aconteceu.
“Estamos na expectativa que até finais de 2018 isso aconteça”, afirmou.
O Grupo Ramos Ferreira tem obras em carteira, designadamente, a construção de hospitais, edifícios comerciais e industriais, escritórios, habitação, escolas e hotéis.
A construção de obras especiais constitui o forte da empresa, mais especificamente na área das instalações especiais como electricidade, telecomunicações, gestão técnica centralizada, segurança, água e saneamento, protecção corta-fogo, frio industrial, gás e elevadores.
Além de Angola, o grupo está presente em Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Argélia, Marrocos, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Dinamarca, Bélgica e França.