Distribuidoras podem importar combustível
As operadoras que actuam no mercado de distribuição e comercialização de combustíveis vão passar, em breve, a importar derivados de petróleo, anunciou ontem o secretário de Estado dos Recursos Minerais e Petróleos, Paulino Jerónimo. “Queremos abrir o mercado a mais operadoras. Essas empresas vão poder importar o combustível directamente, sem depender da concessionária Sonangol”, disse. As empresas que actuam no mercado são a Sonangol, Pumangol e Sonagal. A única refinaria do país produz apenas 20 por cento das necessidades do mercado.
As operadoras angolanas que actuam no mercado de distribuição e comercialização de combustíveis vão passar, em breve, a importar derivados de petróleo, anunciou o secretário de Estado dos Recursos Minerais e Petróleo, Paulino Jerónimo.
O governante, que falava, em Luanda, na abertura da I Conferência Internacional sobre Petróleo promovida pela Universidade Católica de Angola, disse que, actualmente, está a ser elaborada a legislação específica que deve ser submetida, até ao final do ano, ao Titular do Poder Executivo.
“Queremos abrir o mercado mais operadoras para essas empresas poderem importar o combustível directamente, sem no entanto depender da concessionaria Sonangol”, disse.
Paulino Jerónimo acrescentou que actuam no mercado a Sonangol (a grande distribuidora de derivados de petróleo), a Pumangol e a Sonagalp.
O secretário de Estado lembrou que o país tem apenas uma refinaria com capacidade de produção de 20 por cento das necessidades. “O restante é importado”, referiu. “A estratégia adoptada pelo Executivo foi o retorno da construção de uma refinaria no Lobito com capacidade para 200 mil barris de petróleo por dia, e outra em Cabinda com a capacidade de 50 a 60 mil barris/dia”.
Estas medidas fazem parte de um rol de projectos do Executivo sobre o novo modelo de funcionamento da indústria petrolífera em Angola, que passa pela criação da Agência Nacional de Petróleos e Gás (ANPG), que assumirá a função de concessionária nacional, bem como da reestruturação da Sonangol, com foco no seu negócio nuclear da cadeia de valor do petróleo e gás natural.
“Um dos objectivos do modelo proposto é a criação da ANPG, que terá como finalidade a promoção de novas áreas, gestão dos contratos de partilha de produção, bem como representar o Estado na partilha do petróleo lucro das concessões petrolíferas, permitindo, assim, que todos os recursos humanos, financeiros e materiais sejam direccionados para estes objectivos”, declarou.
A Sonangol E.P apresentou a 16 de Novembro o programa de Regeneração, que incluiu, entre outros objectivos, a desistência da participação nos sectores das telecomunicações, banca e prestação de serviços à indústria petrolífera.
São participações em empresas como MSTelcom (uma empresa de telecomunicações), os bancos Angolano de Investimentos (BAI), Caixa Angola, Fomento Angola (BFA), Económico e de Comércio e Indústria (BCI).
O presidente do Conselho de Administração, Carlos Sartunino, avançou ainda as participações no Porto Amboim Estaleiros Navais (Paenal), Sonamet (de prestação de serviços de fabricação de estruturas metálicas para suporte à indústria petrolífera) e a Sonils (base logística de apoio às operações do sector petrolífero).
A lista inclui a Petromar (empresa de instalação de plataformas e estruturas submarinas) e a Angoflex (de construção de umbilicais e produtos associados para a indústria de petróleo e gás).