Vítimas de naufrágio fora do alcance dos mergulhadores
Cerca de 40 pessoas de um total de 100 que estavam a bordo da embarcação de luxo que naufragou no sábado, na parte ugandesa do Lago Victoria continuam desaparecidas, informou ontem a imprensa local.
Ao todo, 32 corpos foram recuperados e 26 resgatadas com vida, disseram ao jornal “Daily Monitor” fontes da Polícia, que ressaltaram os esforços de ontem para encontrar mais passageiros, mas sem sucesso.
“Os mergulhadores não encontraram corpos na embarcação. Estamos a tentar virar o barco para verificar se não há ninguém preso no fundo”, afirmou a chefe da operação de resgate, Zurah Ganyana.
A Polícia do Uganda informou que a principal causa do acidente foi a sobrecarga combinada com a má conservação do ponto de vista mecânico.
Dados oficiais indicam que a embarcação levava 120 pessoas que participavam numa festa, embora tenha capacidade para apenas 50. O barco iria de KK Beach, em Campala, para K Palm Bech, em Mukono, quando se afundou a pouco mais de 100 metros da margem.
“Obviamente os operadores deste barco serão acusados de negligência e homicídio, e já foram castigados pelo erro morrendo no acidente”, afirmou o Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, após ser confirmada a causa do naufrágio.
Entre os passageiros que se salvaram estão celebridades nacionais como a cantora Iryn Namubiru e o príncipe David Wasajja, irmão do rei de Buganda (Ronald Muwenda Mutebi II, líder tradicional de vários clãs ugandeses).
Este é o segundo naufrágio fatal no Lago Victoria que banha o Uganda, Tanzânia e Quénia - nos últimos meses. A 20 de Setembro, um acidente com uma embarcação na parte tanzaniana causou mais de 200 pessoas mortas.