CARTAS DOS LEITORES
Problemas na fronteira
O maior pesadelo migratório da Administração Trump tem um nome e chama-se "latino-americanos que pretendem entrar nos Estados Unidos para viver e trabalhar". São aos milhares e fizeram uma caminhada desde países como as Honduras, El Salvador, Guatemala, além de quantidades residuais de outros países que já se encontram às portas de zonas fronteiriças com o México. Donald Trump, depois de mobilizar a Guarda Nacional, parece ter recorrido agora ao Exército para fazer recuar milhares de latinoamericanos. Agora, parece disposto a fechar as fronteiras com o México e o curioso é que entidades internacionais que a esta hora deviam fazer um pronunciamento humanitário a favor das hordas humanas que se encontram junto das fronteiras dos Estados Unidos, nada dizem. Lembro que a antiga Chefe do Estado do Chile e hoje Alta-Comissária para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, veio a público quando Angola organizou o regresso voluntário de estrangeiros. Choveram numerosas críticas contra o meu país, um Estado soberano como qualquer outro, mesmo tendo organizado tudo conforme as regras do Direito Internacional. Agora, quando se trata do Presidente americano "xingar" os latino-americanos que pretendem emigrar para os Estados Unidos ninguém vem em defesa dos mesmos. Donald Trump já prometeu tudo e com a excepção do Secretário-Geral da ONU, que pediu alguma contenção nas posições de força assumidas por Trump, nenhuma outra entidade mundial critica o Governo dos Estados Unidos. AMÉRICO DINIS Cabinda
27 de Maio
Escrevo para felicitar a forma como o Governo está a lidar com os acontecimentos ligados ao 27 de Maio de 1977. Até parece que é um Governo de um outro partido que não o MPLA que, como se sabe, nunca em toda a sua história, desde aquele ano trágico, se abriu tanto como está a fazer este Executivo. Gostei de ouvir o Presidente dizer que "o 27 de Maio constitui um dossier muito delicado", mas que o seu Governo está a dar passos no sentido da solução do caso. Espero que estes passos sejam iniciativas na direcção certa para que o problema do 27 de Maio comece a ser resolvido paulatinamente. Afinal, já se perdeu muito tempo e numerosos aproveitamentos foram feitos e nem sempre com o devido respeito pelas vítimas, viúvas, órfãos dos que morreram como consequência daqueles acontecimentos. No fundo, penso que a intenção do Executivo do Presidente João Lourenço constitui uma forma de o partido no poder caminhar para retirar uma das pedras mais incómodas no seu calçado, se me é permitida usar esta analogia. Para terminar encorajo todos os intervenientes em todo este processo a começar pelo Presidente da República, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, que deu a cara em nome do Executivo para falar sobre o 27 de Maio. Quando ouvi falar em passagem de certidões de óbito fiquei muito contente e achei que se trata apenas do início de uma caminhada.
LUCAS ANTÓNIO Sambizanga
Modalidade de karting
Quando era miúdo, presenciei em Luanda várias provas de karting, nomeadamente no Miramar, na antiga empresa Siga. Cresci com a paixão por esta linda modalidade de corrida de carros, antecessora da Fórmula 1. Decorriam muitas provas e sei que hoje algumas acontecem no Autódromo de Luanda. Esperava que a entidade que regula os desportos motorizados fizesse mais para, com os seus parceiros, ser possível termos mais provas de karting como sucede um pouco nas províncias de Benguela e Huíla. ANTÓNIO ALEXANDRE Gamek à Direita