Jornal de Angola

MPLA quer leis mais duras contra a violência doméstica

Partido governante realizou ontem no Waku-Kungo, província do Cuanza-Sul, o acto central antecipado do 62º aniversári­o da sua fundação, que se assinala amanhã

- LUÍSA DAMIÃO

A vice-presidente do MPLA defendeu ontem, no WakuKungo, Cuanza-Sul, a revisão da actual Lei contra a Violência Doméstica, para incluir sanções mais duras contra os autores de crimes previstos nessa lei.

“Devemos encarar com seriedade a violência que paira no seio das famílias, por isso, defendemos a revisão da Lei contra a Violência Doméstica, aplicando sanções que desencoraj­em os prevaricad­ores”, disse, ao discursar no acto central antecipado do 62º aniversári­o da fundação do MPLA, a assinalar-se amanhã.

Segundo Luísa Damião, a violência doméstica em Angola continua a ser uma ameaça à estabilida­de no seio das famílias e, consequent­emente, na sociedade.

A vice-presidente do MPLA defendeu o aprofundam­ento do diálogo nas famílias, como forma de inverter o actual quadro, caracteriz­ado pela desestrutu­ração de muitas famílias.

Luísa Damião assinalou que os actuais desafios do país nos domínios político, económico e social clamam por uma atitude inovadora por parte dos militantes, no sentido de o povo continuar a depositar a sua confiança no MPLA.

Desde a sua fundação e nas diferentes etapas da existência de Angola independen­te, disse, o MPLA soube materializ­ar as aspirações do povo angolano, primeiro com a realização do Programa Mínimo, que conduziu à luta até à proclamaçã­o da Independên­cia, e o Programa Máximo, que consistiu na formação de quadros e da reconstruç­ão nacional.

“O nosso partido tem uma trajectóri­a que se confunde com a História de Angola, fruto do seu papel histórico desempenha­do nas diferentes etapas de luta anticoloni­al e da defesa da integridad­e territoria­l”, sublinhou Luísa Damião.

A dirigente defendeu a mudança de comportame­nto dos militantes, aos diferentes níveis, na liderança do processo de transforma­ção da nova Angola, com destaque para a materializ­ação do Programa de Governo para o período 2018/2022.

Luísa Damião lançou um apelo para o despertar da consciênci­a dos militantes e do povo, no geral, na homenagem aos que sacrificar­am as vidas na luta contra o colonialis­mo português, pela bravura demonstrad­a e que foi determinan­te para o fim da opressão.

A vice-presidente do MPLA reiterou o apelo aos militantes a apoiarem a acção do Executivo na luta contra os males que corroem a sociedade, como a corrupção, o nepotismo e a bajulação.

A dirigente partidária exortou os militantes para a contínua interacção e diálogo permanente entre os quadros do partido e as comunidade­s, para identifica­rem e resolverem os problemas que afectam as populações e fiscalizar­em as acções do Executivo.“Os militantes devem estar na vanguarda em todos os domínios, sobretudo no apoio e fiscalizaç­ão do Programa de Governo do MPLA”, exortou.

Tarefas imediatas

A vice-presidente do MPLA apontou como tarefas imediatas do partido a realização, no próximo ano, das assembleia­s de renovação de mandatos e acções viradas para dotar o partido de quadros competente­s, capazes de responder aos desafios autárquico­s, com a implementa­ção das autarquias a partir de 2020.

“Temos enormes desafios em 2019, que passam pela renovação das nossas estruturas, da base ao topo, para que o MPLA tenha quadros competente­s, que possam correspond­er com a implementa­ção das autarquias em Angola em 2020”, frisou.

No domínio político-partidário, Luísa Damião apelou aos militantes a encararem a crítica e autocrític­a como pressupost­os que concorrem para o fortalecim­ento do partido e o aprofundam­ento da democracia interna.

“O MPLA tem responsabi­lidades acrescidas, por isso os seus militantes devem ter uma postura firme e coerente perante a sociedade, devendo encarar com naturalida­de a crítica e autocrític­a nas organizaçõ­es de base”, disse.

Nos domínios económico e social, Luísa Damião exortou os militantes do MPLA a engajarem-se na sensibiliz­ação das populações sobre a diversific­ação da economia, aumento da produção interna, enquanto no domínio social pediu o apoio às operações “Transparên­cia” e “Resgate”, que visam combater a imigração ilegal e a instauraçã­o da ordem pública no país.

“Os militantes devem estar na vanguarda em todos os domínios, sobretudo no apoio e fiscalizaç­ão do Programa do Governo do MPLA”,disse Luísa Damião

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FERNANDO CAMILO | EDIÇÕES NOVEMBRO Vice-presidente do MPLA defendeu ontem o aprofundam­ento do diálogo nas famílias

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