Sinprof contra docentes com salários indevidos
A secretária-geral do Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), Hermínia Ferreira do Nascimento, defendeu sexta-feira, em Mbanza Kongo (Zaire), responsabilização criminal para os docentes que ao longo de muitos anos prejudicaram o Estado, auferindo salários incompatíveis com o grau académico.
A responsável nacional do Sinprof, à saída de um encontro de cortesia com o governador do Zaire, Pedro Makita, afirmou ser esta uma prática antiga a qual o Simprof sempre denunciou, porque não pode um técnico médio estar a ganhar um salário do topo da carreira de um licenciado, mais de 300 mil kwanzas, enquanto que o próprio professor licenciado, que labuta há mais de dez ou 20 anos, espera por reajuste salarial compatível à sua categoria.
Hermínia Ferreira do Nascimento entende que, em condições normais, estas pessoas deveriam ser responsabilizadas criminalmente, por terem, ao longo de vários anos, prejudicado os outros, beneficiando de salários que não os competiam.
“Havia oportunidades e facilidades que eram dadas a nível do governo em vários departamentos ministeriais, que permitiam que alguns fossem colocados em categorias indevidas”, disse a secretária-geral do Sinprof, acrescentando que diariamente assiste o sofrimento de colegas com grau de licenciatura a auferirem ainda salários de 49 mil kwanzas, facto que considerou de extrema injustiça.
Hermínia Ferreira do Nascimento repudiou o comportamento de alguns directores de escolas nos municípios de Mbanza Kongo, Soyo e Cuimba, que vêem o Simprof como opositor, pondo barreiras à sua actividade.
“Somos um sindicato que sempre reage às acções negativas. Creio que a sociedade sabe como é que agimos quando há injustiças em relação aos professores”, disse, sublinhando que o Sinprof está a observar atentamente o processo de transição de estatutos de carreira docente, que considera estar já a registar muitas irregularidades.
O vice-governador do Zaire para o sector Político Social e Económico, António Félix Kialuguila, considerou o Sinprof um parceiro privilegiado na identificação dos males que enfermam o sector da Educação, que o governo pretende corrigir.
“O governo da província está, no cumprimento daquilo que é o lema da governação, corrigir o que está mal e melhorar o que está bem e nós temos um parceiro, como o Sinprof, que nos ajude a identificar o mal, que queremos corrigir”, referiu António Félix Kialunguila. A secretáriageral do Sinprof orientou, em Mbanza Kongo, uma assembleia de renovação de mandatos, que visa criar o secretariado provincial. Camponeses associados do município de Catabola, 52 quilómetros a leste da cidade do Cuito (Bié), receberam 208 toneladas de inputs agrícolas, entregues pelo governador da província, Pereira Alfredo, no quadro da campanha agrícola 2018/2019.
O governante disse à Angop que a entrega dos meios visa aumentar os níveis de produção na região. Do material entregue constam 190 toneladas de fertilizantes e sementes de feijão manteiga e de milho.
Na ocasião, o responsável para a área de aquisição do Projecto de Agricultura Familiar Orientado para o Mercado (MOSAP II), José Abel, aconselhou os beneficiários a lançarem as sementes na terra desbravada e a não consumi-las, como às vezes acontece com outros agricultores. Precisou que o projecto Mosap II, em parceria com os camponeses associados, preparou 300 hectares de terras aráveis a nível do município de Catabola, visando o aumento das áreas de cultivo.