UNITA reconhece redução da intolerância política
O secretário provincial da UNITA no Bié afirmou que a intolerância política reduziu no país durante o presente ano, particularmente no Bié, e espera que em 2019 a paz e acalmia no coração dos angolanos permaneçam. Adérito Candambo, que falava na abertura da VI reunião ordinária do comité provincial, manifestou-se preocupado com a situação socioeconómica do país, fruto, no seu entender, do “descaminho de grandes valores monetários”.
O político considerou que o resgate do poder económico do país “é urgente e é uma preocupação para a UNITA”.
“Hoje está claro que aquilo que se dizia da delapidação do erário público, das burlas e do peculato já não é segredo para ninguém”, salientou. Entre as acções mais importantes a realizar, destacou a preparação do povo para as eleições autárquicas.
O deputado Manuel Savihemba, em declarações ao Jornal de Angola, à margem da reunião, apelou para que as eleições autárquicas sejam realizadas nos 164 municípios, para que ninguém fique de fora neste processo.
O político garantiu que a UNITA tem a preocupação de formar os seus quadros, mas também a consciencialização da população, para que cada angolano entenda qual é o objectivo, vantagens e finalidades das eleições autárquicas. A reunião encerrou ontem com a realização de uma passeata na cidade do Cuito e um acto político de massas.
Verbas para estradas
No Cuando Cubango, o primeiro secretário da UNITA, Adriano Sapinãla, disse, em Menongue, que o Orçamento para a província continua a ser muito reduzido para dar resposta aos principais problemas que afligem a população, sobretudo no que toca à construção de estradas.
Adriano Sapinãla, que falava na abertura da VI reunião ordinária do comité provincial, realçou que prova disto é que o OGE para 2019 não contempla a construção de estradas na província, apesar dos sucessivos apelos do seu partido e do governo local.
A par do Cuito Cuanavale e Cuchi, disse, os municípios do Cuangar, Calai, Dirico, Mavinga, Nancova e Rivungo continuam isolados de Menongue, devido à falta de estradas para permitir uma melhor circulação de pessoas e mercadorias.
Adriano Sapinãla, também deputado à Assembleia Nacional pelo círculo provincial, destacou que sem estradas não há interacção entre os municípios e as assimetrias vão continuar. “Não podemos falar em desenvolvimento do Cuando Cubango sem a construção ou reabilitação das actuais vias de acesso, que se encontram em estado avançado de degradação”, disse, acrescentando que por este facto a província continua a ser considerada a menos desenvolvida do país.
Adriano Sapinãla referiu que as verbas que o governo local recebe do OGE têm servido praticamente para o pagamento de salários dos funcionários públicos e o funcionamento das instituições administrativas, como unidades hospitalares, escolas, direcções provinciais e administrações municipais.
O político salientou que neste momento estão a ser construídas infra-estruturas sociais em alguns municípios, porque o OGE é tão reduzido que não permite a implementação de projectos para a melhoria das condições de vida das populações. Sapinãla disse que a institucionalização das autarquias em todos os municípios é a solução para os principais problemas que a população enfrenta.