Demissão do Procurador-Geral
O PAIGC
pediu, na sexta-feira à noite, a demissão do Procurador-Geral da República e do comandante da Polícia da GuinéBissau, após a suspensão do recenseamento eleitoral decidida pelo Ministério Público.
“Para o PAIGC, o momento actual é de extrema gravidade e exige responsabilização política e criminal, razão pela qual o Procurador-Geral da República e o comissário-geral da Polícia de Ordem Pública devem ser imediatamente demitidos”, refere o partido, em comunicado divulgado à imprensa.
O PAIGC considera que “tendo em conta que mais de 90 por cento de potenciais eleitores já foram recenseados, o processo deve ser declarado como estando concluído para que o Presidente da República, assumindo as suas responsabilidades, marque eleições” legislativas. O PAIGC sublinha que “nada, nem ninguém, por mais manobras e agressões que realizem” pode “travar o processo conducente à realização de eleições legislativas, porque o povo guineense na sua esmagadora maioria está consciente e determinado a lutar pela manutenção do Estado de Direito democrático”.
Em declarações recentes aos jornalistas, o ministro da Presidência e do Conselho de Ministros afirmou que estão já recenseados 93 por cento dos eleitores guineenses.
Uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chega amanhã ao país para analisar os preparativos para a realização das eleições.
Durante a estadia em Bissau, a missão deve reunir-se com as autoridades nacionais, líderes políticos e representantes da comunidade internacional para se inteirar do modo como está a decorrer o processo eleitoral.