Vitória da UNITA depende da organização e disciplina
O secretário-geral da UNITA, Franco Marcolino Nhany, afirmou sexta-feira, em Luanda, que a vitória do partido nas eleições autárquicas de 2020 e nas gerais de 2022 depende do trabalho sério, da organização e disciplina de todos os quadros e membros e da observância com rigor dos princípios e dos programas do partido.
Marcolino Nhany falava num encontro de reflexão com os seus principais colaboradores que marcou o início do ciclo político do ano em curso, informou o secretário para a comunicação e imagem da presidência do partido, Lourenço António.
O “número três” na hierarquia do maior partido da oposição, disse, defendeu o envolvimento dos dirigentes e quadros na preparação dos eventos históricos neste primeiro trimestre deste ano, nomeadamente o 24 de Janeiro, dia da criação das FALA (antiga organização militar), o 22 de Fevereiro, dia da morte do fundador do partido, Jonas Savimbi, e o 13 de Março, alusivo ao 53.º aniversário da fundação da UNITA.
Marcolino Nhany ressaltou que o partido entra para 2019 com boas perspectivas, tendo assegurado que as resoluções da 4ª reunião ordinária da comissão política constituem medidas do Plano de Acção de 2019.
“Mais do que uma mera declaração de intenções, o referido Plano de Acção reflecte e reafirma o compromisso do nosso engajamento no cumprimento das nossas atribuições em todos os dias do ano de 2019, para uma UNITA cada vez mais organizada, mais influente na sociedade angolana, cada vez mais forte no tempo e no espaço e preparada para fazer face e vencer os desafios eleitorais de 2020 e 2022”, precisou Marcolino Nhany, referindo-se às eleições autárquicas e gerais previstas naquelas datas. A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, defendeu ontem, em Luanda, que o partido deve já começar a “aprimorar a máquina partidária” para fazer face aos desafios das eleições autárquicas em 2020 e as gerais em 2022.
Ao discursar no Comité Municipal de Luanda, na sequência das visitas que efectuou ontem aos comités municipal de Luanda e distritais da Samba e Maianga do MPLA, Luísa Damião disse ser a partir de agora que o partido deve começar a preparar as suas estruturas para vencer os dois pleitos eleitorais.
“O MPLA sempre foi um partido vencedor. Mas, para continuarmos a vencer, temos de trabalhar e o trabalho começa na base”, afirmou Luísa Damião, para quem é fundamental que o partido continue a trabalhar na lógica da antecipação.
Para o efeito, disse ser necessário reforçar o trabalho de controlo e avaliação de funcionamento das estruturas do MPLA nos níveis intermédios e de base, com os olhos para as autárquicas de 2020. Luísa Damião referiuse, igualmente, aos desafios à vista este ano, com realce para a realização das conferências para a renovação de mandatos, a preparação das eleições autárquicas em 2020, que segundo ela, devem constituir uma prioridade no trabalho político.
“Este ano vai ser desafiante. Vai-se multiplicar o trabalho e vai exigir uma maior organização, o que passa, necessariamente, por uma análise do estado de organização e funcionamento dos comités municipais, distritais, bem como de organizações como a OMA e JMPLA”, lembrou Luísa Damião, na sua primeira visita a um comité municipal, desde a realização do sexto congresso extraordinário do partido, em Dezembro último.
A visita visou efectuar o levantamento das principais preocupações, estimular a promoção do trabalho político organizativo junto dos militantes, planos de trabalho quadrimestrais e revitalização dos grupos de acompanhamento e organizações de base.
Para Luísa Damião, é preciso continuar reforçar o trabalho político em Luanda para que o militante esteja mais próximo das comunidades, “para um MPLA cada vez mais forte e coeso”. Sugeriu uma avaliação profunda da situação económica e social do município, dos distritos e dos bairros. Para tal, defende maior diálogo para identificar os problemas.
“É importante aprimorar os dados estatísticos”, recomendou Luísa Damião, para quem, em função dos dados apresentados pelo município de Luanda, é preciso fazer um trabalho profundo de mobilização dos militantes.
Actualmente, no município de Luanda existem 382 mil militantes do MPLA, 148 mil da OMA, 347 mil da JMPLA. Porém, lembrou, só 200 mil militantes votaram no MPLA. Em face disso, a vice-presidente do partido entende ser fundamental fazer uma análise profunda e introspectiva para se saber as razões por detrás disso, para, de seguida, se poder reforçar o trabalho político em Luanda.
A vice-presidente do MPLA defendeu a materialização dos programas traçados. “Não bastam bons programas se não forem bem executados. Às vezes, concebemos bons programas, mas pecamos na sua materialização”, admitiu Luísa Damião, adiantando que este é um problema que deve ser corrigido.
Mais militantes
A vice-presidente do MPLA defendeu que se deve prestar atenção ao recrutamento de novos membros e primar pela sua formação política e ideológica.
“Um bom militante do MPLA deve conhecer os estatutos do partido. Não nos podemos dar ao luxo de recrutar membros por recrutar sem fazer o devido acompanhamento”, alertou.
Luísa Damião falou na necessidade de se dialogar mais para o fortalecimento do MPLA “Deve-se prestar atenção ao contributo de cada militante e ao desempenho dos comités de acção”, defendeu a dirigente, destacando a importância das comissões de bairros.
Apelou para a necessidade do militante do MPLA ser um exemplo no seu bairro. “Devem ser, também, protagonistas no combate à corrupção, ao nepotismo e à impunidade, e os primeiros a identificar os problemas nas suas comunidades. Devemos ser os primeiros a apoiar a acção do Executivo”, disse.
Ainda ontem, o secretário-geral do MPLA, Boavida Neto, efectuou visitas às estruturas do partido no município de Belas.
Enquanto a vice-presidente do MPLA visitava o município de Luanda, o secertário-geral, Boavida Neto, constatou o funcionamento das estruturas do partido no município de Belas