Médio Oriente
Sou estudante de Sociologia, com mestrado em Relações Internacionais, e escrevo para falar sobre a situação no Médio Oriente, a região mais volátil do Mundo. É lá onde as grandes potências lutam para preservar o seu “Lebensraum”, como se diz na língua alemã a famosa expressão “espaço vital”. Tal como no século XVII e XVIII, quando os diplomatas Sikes e Picot redesenharam o mapa do Médio Oriente para privilegiar as potências coloniais europeias, a saga política, diplomática e militar parece continuar naquela região. Os Estados locais, boa parte deles peças estratégicas do clientelismo que as liga às grandes potências, alinham nas jogadas que nem sempre contribuem para estabilizar a região. A presença norte-americana no Médio Oriente, a julgar pelas palavras do secretário de Estado Mike Pompeo, quase que desautorizam o Presidente Donald Trump, relativamente ao que pensa um e diz o outro. ESCREVA-NOS Depois do Presidente dizer que a presença norte-americana no Médio Oriente, particularmente a presença das tropas estacionadas na Síria, iriam bater em retirada logo que as condições fossem criadas, o chefe da diplomacia parece desconfirmar tudo. Em todo o caso, julgo que ao contrário do que MikePompeoalega,segundooqual“quando os americanos se retiram, surge o caos”, na verdade, em muitos casos ocorre o contrário. Para terminar, gostaria de ver os norte-americanos a interferirem menos e intervirem menos naquela região do globo. ALVES RODRIGUES Camama