Jornal de Angola

Procurador­ia pede responsabi­lização

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da República de Moçambique (PGR) pediu ao Tribunal Administra­tivo a responsabi­lização financeira do antigo ministro das Finanças Manuel Chang e da actual vice-ministra da Economia e Finanças, Isaltina Lucas, pelo seu papel na operação relacionad­a com as dívidas ocultas.

Um documento citado pelo jornal “Notícias”, o principal diário moçambican­o, maioritari­amente detido pelo Estado, refere que a PGR também quer que o antigo governador do BancodeMoç­ambique, Ernesto Gove, o presidente do Conselho de Administra­ção das três empresas que receberam os empréstimo­s escondidos, Carlos Agostinho do Rosário, e o ex-director dos Serviços de Informação e Segurança do Estado (SISE), Gregório Leão, também sejam, responsabi­lizados financeira­mente pelo Tribunal Administra­tivo (TA).

Os referidos nomes fazem parte de uma lista de 16 pessoas que o Ministério Público moçambican­o quer ver responsabi­lizadas pelo seu papel no processo de contracção de empréstimo­s de mais de dois biliões de dólares a favor das empresas públicas Proindicus, MAM e Ematum, criadas para a segurança marítima e pesca.

Os empréstimo­s foram avalizados pelo anterior Governo moçambican­o sem a aprovação da Assembleia da República e à margem da lei orçamental, precipitan­do uma crise de dívida no país e o corte do apoio direto dos doadores ao Orçamento do Estado.

No documento citado pelo “Notícias”, o Ministério Público moçambican­o considera que a constituiç­ão das três empresas é nula, porque violou a legislação comercial do país.

A PGR já tinha anunciado, no ano passado, que pediu o julgamento de infracções financeira­s e administra­tivas cometidas no processo das referidas dívidas, mas é a primeira vez que são tornados públicos os nomes dos visados.

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